Entrei em um quarto dentro da construção destruída e tomada por forças incompreensíveis, dentro dos corredores escuros estavam teias de aranha em tal numero que parecia ser eu o único a passar por aquelas paragens em décadas se não mais.
Minha surpresa não foi pequena quando dentro da câmara mais funda que fui cuja a luz da noite afora não tocava, longe de teias e de ratos, longe de insetos e de toda vida animal do subterrâneo havia roupas, sapatos, todos de pequeno porte, vestes de criança. Uma mesa com banquete suculento se fazia presente escondida na penumbra, velas apagadas e tochas frias também ocultavam murais artísticos de um ser flácido, magro alem do limite da vida cuja a pele uma vez cheia de gordura agora pendia como roupas grandes demais sobre o corpo de um doente, a figura possui-a certa nobreza antinatural em seu porte com grandes mangas pendidas de seus pulsos feitas pelo excesso de pele dos braços assim como um saiote com alguma elegância moldado pela mesma coisa.
Atos nobres contudo não era o que a criatura fazia em suas pinturas, crianças lhe pediam misericórdia enquanto ele as esquartejava, devorando seu corpo sem preocupar-se com os ossos sem contudo ganhar alguma da corpulência que seu corpo anterior deveria ter tido, a figura do ser pálido alem de monstruosa era sedutora em sua deformidade, convidando-me a continuar a ver as pinturas, hipnotizado pela arte demorei a notar que o monstro que tanto me chamava atenção estava sentado na mesa em frente ao banquete, com seu rosto voltado para o mesmo como se nunca pudesse toca-lo, como se nunca mais pudesse comer nada alem de vidas humanas, vidas de crianças.
Observei o monstro de perto, com cabeça vazia de feições reconhecíveis alem do que poderiam ser narinas, seu corpo parecia mais frágil ainda do que aquele que eu via na arte, morto a anos com certeza mais como o banquete não era tocado pelo vento, pelo tempo ou pelos animais, pensei eu, tolice, a fera tocou um prato a frente do corpo a qual eu não tinha notado em meio a penumbra e nele pegou olhos as quais encaixou em orbitas vazias em suas mãos desproporcionais, como uma maldição de ignorância em que só se pode ver o que é palpável, o que se toma como real, tal parodia da descrença me atingiu em cheio assim como a própria bizarrice de seu movimento e de sua própria existência. Mesmo com a aparente fragilidade da criatura não fiquei para testar meu ferro contra seu corpo, o terror me tomou e deu assas a meus pés, fugi e não me envergonho, mais temo pensar que aquela coisa ainda esta viva e procurando por comida, comida diferente da qual ele tem a disposição.
O Homem Pálido
Monstro, amaldiçoado, o sem olhos, o homem pálido, muitos são os nomes que essa coisa recebeu ao longo do tempo em que caçava crianças, muitas historias podem explicar a origem dessa criatura, de historias de um homem com grande glutoneria que foi condenado a ser incapaz de comer o que mais gostava no mundo ate historias sinistras de um monstro que nunca foi humano, que não pode ser nem mesmo compreendido, que mata com a frieza de um predador cravando os dentes numa presa, seja qual for a verdade perdida num tempo e num lugar que ninguém vivo pode lembrar a verdade atual é simples, um monstro terrível e sedento por carne humana em especial de crianças.
F4 H2 R3 A3 PdF0
Vantagens: Ataque especial poderoso, armadura extra físico, arena (sua própria sala), regeneração
Desvantagens: maldição, visão limitada, monstruoso, dependência
"Monstro perfeito para se usar em qualquer cenário de campanha"
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