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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Castlevania


Fan-Fiction feito por: Walmor Vieira Gomes
E-mail: wgomes@fee.unicamp.br


Trevor



A chuva recomeçou. Há duas noites não vejo o brilho das estrelas. Neste lugar, raras são as noites em que não é possível repousar sobre a colina e observar o céu estrelado. De fato, esse foi o maior deleite da minha infância.

Sinto falta de procurar constelações, sentir o cheiro da relva, ouvir os sussurros das árvores... apenas por isso, esta luta já valeria a pena.

A velha estrada quase não existe mais. Há muito tempo a foice não encara o mato. Sem dúvida, os homens tornaram-se fracos e negligentes. Mas existe algo pior aqui. Conheço esses bosques, nunca antes deixei de sentir a força desta terra. O frio impregna meus ossos, o ar está denso, venenoso... este lugar está morto!

Chega da estrada, afinal não faz a menor diferença. O caminho por este lado é íngreme, mas dessa forma chegarei mais cedo ao topo da colina. Lá minha fé será restaurada. Nem mesmo o Demônio ousaria pôr os pés nela. Não na minha colina.

Meu coração está pesado. A cada passo as lembranças retornam com mais força. Nunca consegui apagá-las... jamais esquecerei os olhos da multidão, o escárnio, o ódio, e sobretudo, o medo. O jeito como a menina me olhou. Meses antes, brincávamos juntos na colina. Sentia-me poderoso quando ela segurava minha mão. De repente, os boatos cresceram, chamaram abertamente minha mãe de bruxa. Fomos expulsos da vila. Ainda sinto a dor das pedradas, mas o olhar aterrorizado daquela menina destruiu meu coração. Se estou vivo, foi graças à força inabalável da minha mãe. Sônia. Que Deus a tenha.

A chuva aumentou. Devo ficar atento; não é hora de mergulhar em minhas próprias trevas. Ah! Os lobos! Seus uivos manterão minha mente lúcida. Por outro lado, desejava permanecer incólume por mais tempo. Agora o Maldito sabe que estou aqui. Sob suas ordens, os lobos já deveriam estar me atacando. Mas eles não ousarão. Não enquanto estiverem distantes das outras criaturas. Por enquanto, minha presença é muito mais real que a de seu Mestre.

Afinal cheguei ao topo. Mais uma vez a colina marca meu destino. As estrelas, a menina, o exílio... agora, a visão daquele castelo. Grotesco, ele tenta repelir minha visão, instigar-me medo... em vão. Aqui sou invulnerável. Quanto ao Vampiro, posso sentir que vacila. É recente a lembrança deste chicote que empunho. Eu estava certo: a Criatura ainda sente medo! Estamos quites, ainda resta esperança.

Sonia



             No final, envelheci. Como todas as criaturas vivas. Minhas mãos, outrora capazes de prodígios, agora tremem frente a um pobre tear. Nada restou da fantástica energia em meu sangue. Da força e ousadia...  restaram os calos e as cicatrizes.

 Não faz muito tempo, sonhei em ser imortal. Como Alucard. Pelo menos, ele teve a decência de não rir. Mas afinal, qual foi meu pecado? Meu sopro de vida era forte, além da comparação com qualquer outro humano. Sonhei. Não devo me arrepender disso.

Esta noite é mais bela que qualquer outra. As folhas se agitam em ritmo teatral. Tochas e vaga-lumes possuem luz indistinguível. E a Lua, refletida no Danúbio, nunca me pareceu tão brilhante! Até mesmo os guardas da muralha resolveram me deixar em paz. Ao menos na hora final não preciso ouvir gracejos estúpidos de bêbados uniformizados, julgando-se capazes de inferirem sobre qualquer dos meus pensamentos. Não importa quanto meu irmão tenha me pedido, jamais tolerei a convivência com estes simplórios, cuja compreensão sobre livros resume-se a combustível para fogueira! Não, NÃO... está tudo errado! Este é MEU momento de paz, não quero dividi-lo com esses pensamentos. Devo permitir somente a poesia. Perdoe-me Lua, meus delírios sobre superioridade tentaram ofuscar-lhe a luz. Que esta noite, ao menos um sonhador esteja a admirá-la com o devido respeito. Isto já seria maior recompensa do que nós humanos podemos almejar.

Como imaginei, ele não irá interferir com meu desejo. Sua vigilância muda não será rompida, nem mesmo pelo desfecho que preparei. Adiante, Alucard! Espírito amaldiçoado! Tens agora livre acesso a minha mente. Rogo-lhe destino ainda mais negro caso permita que Trevor seja ameaçado por qualquer camponês tolo! Meu filho já sofreu demais com a cegueira dos homens. Inúmeros sacrifícios fiz pela felicidade dele, deixei de lado meu orgulho, fiz-me meretriz para poupá-lo da fome, da servidão... ou de você. Abracei a vida junto a um tear quando poderia ter sido uma cavaleira, uma mulher superior a qualquer outro guerreiro! Agora, devolvo-lhe o papel de pai, mesmo não sendo digno disso. Delicie seu ego infame, você estava certo! Sim, eu reconheci há muito tempo! O sangue Belmont não seria suficiente para conter o mal... mas juntando-o ao seu... pactuei com um demônio para combater um maior.

Mas não se engane, vampiro. Cumpri meu papel, preparei meu filho contra sua astúcia. Ilude-se ao pensar que o terá como uma marionete.

Ora, não perderei mais meu tempo. A Lua me chama, está vendo? Uma noite única, nem mesmo o corriqueiro hálito frio dos Bálcãs. Sinto-me livre, enfim. Não preciso mais demonstrar força, muito menos defender essa gente egoísta. Perdoe-me Trevor, este fardo agora é seu. Faça com ele o que bem entender... apenas... não me odeie por isso.

Acabou. Passei minha vida almejando o brilho da Lua no céu. Que em morte, possa vislumbrar mais de perto o brilho que nunca alcancei.

Alucard



          De fato, o jovem começa a satisfazer minhas expectativas. A melancolia que demonstrava até então, lamentavelmente, era digna de desprezo. Mas a atual conjuntura exigiu dele... novo comportamento. Olhar furioso - característica herdada de sua adorável mãe. Porte de cavaleiro... firmeza de rei. Sem dúvida, esta foi minha contribuição.

Até agora, não demonstrou preocupação com os truques patéticos de meu pai. Não que isso seja um feito notável. A mácula do apodrecimento é um artifício suficiente apenas para afugentar aldeões assustados. Definitivamente, o Poderoso Senhor das Trevas precisa rever seus conceitos antiquados de decoração.

A existência de Sônia foi muito breve. Alguns anos e poderia ter adquirido um mínimo de sabedoria. Não suportou a sina dos mortais: envelhecer. Se tivesse tentado com um pouco mais de empenho... com mais cérebro, ao invés de impetuosidade... talvez pudesse ter descoberto um de meus segredos. Uma mulher formidável... pena não ter sido sensata. Em desespero, deixou o filho à mercê do tio, servo da Santíssima Igreja. Os adoradores de imagens quase o cegaram com estórias sobre o deus caído. Minha intervenção precisou ser fulminante. Deveriam ficar mais atentos aos deuses que ainda caminham sobre a terra.

O ingênuo está subindo uma colina. Expõe sua posição de maneira ridícula, enquanto que sua mente enfraquece. Recordações infantis. Meu sangue deveria ser capaz de suprimir tais sentimentos. Demonstra relutância em seguir minha vontade. Devo pressioná-lo por outros métodos. Talvez o uivo de um lobo afogue seus devaneios humanos.

Muito melhor, está de volta à realidade. Temos um pacto, Trevor Belmont. Sua meta é desafiar o Vampiro. A minha... é algo mais sutil. Talvez venha a entender minhas razões. Porém, as motivações de um imortal costumam ser indigestas para os humanos. Sua mãe jamais compreendeu... e foi destruída pela dúvida. Desejo-lhe melhor sorte. Mas não sou paciente com a fraqueza.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Chefe de Fase

Chara

Ha um tempo atrás numa vila, nasceu uma criança, essa criança não era diferente de todos os outros aldeões. Essa aldeia possuía uma crença, que no momento que humanos nascem já existe o mal neles sendo impossível "limpar a si mesmo" mesmo com ações boas, então eles forçariam todo o mal da humanidade numa só pessoa, essa criança foi aleatoriamente escolhida como reservatório do mal e culpada por toda a maldade humana.

Se toda a maldade da humanidade esta em uma unica pessoa, todas as outras não podem ser malignas, não importa o que façam, essa ideia infantil era a base da crença daquele povo, então eles continuaram culpando, amaldiçoando, apontando e acusando a criança de todo o destino doente que a humanidade estava submetida, diziam "como você pode ser tão má?" e a atacavam, cruel foi o caminho dessa criança, essa criança jogada a esse mundo não tinha a quem culpar por tudo que passava, ele era o culpado de todo o mal do mundo e desde que se lembrava só conhecia ódio, medo e preconceito.

"O Demonio que vem quando se chama o nome"


Sua inocência se quebrou em loucura, forçando a ela a "função natural" que a aldeia queria que a criança tivesse, ela nunca aprendeu a amar pois nunca sentiu amor, eventualmente ela aceitou sua maldição, uma criança comum se tornou exatamente o que a humanidade queria, aquele que aguenta o pecado dos outros.


domingo, 27 de novembro de 2016

Brigada Ligeira

Canhão Obus


Obus são as unidades de defesa e cerco mais eficientes produzidas em tempos recentes, um grande mecha com blindagem extremamente pesada, ele não seria capaz de voar devido a seu enorme peso, com o núcleo de energia, com um tamanho de 3 a 5 vezes o tamanho de um hussardo, esse mecha precisa de transporte especial, só podendo ser pousado em superfícies solidas, concreto armado ou rochas, não conseguindo se mover em terra, lama ou areia.

"Necessidade de dois pilotos"


O canhão do Obus foi o que deu seu nome, o canhão Obus possui força para atirar de dentro de uma atmosfera em alvos fora da mesma, sendo bom para atingir naves e defender luas terraformadas ou áreas de planetas, concebido como artilharia pesada, funciona com pouca mobilidade, para alvos menores possui um sistema de misseis terra-ar e um sistema de metralhadoras do lado da "cabeça" para que não fique indefeso em combate próximo, se movendo a base de esteiras protegidas por uma pesada blindagem que parece uma "saia" ele esta sempre restrito a áreas bem estáveis, sendo obrigado a parar sempre que for atirar com o obus que permanece dobrado enquanto não estiver pronto para o uso, a maioria dos modelos possui braços praticamente inúteis, mais que podem manipular armas limitadas.


"Modo de transporte"


Devido a sua forma única de lutar e sua complexidade o Obus precisa de 2 pilotos normalmente sendo esses pilotos de apoio ou suporte, poucos oficiais são treinados no uso dessa grande arma, sendo os pilotos sempre o artilheiro que controla o sistema de armas principal e o piloto que controla a movimentação e sistema de armas secundário.

"Modo de combate"


O Obus ate agora é exclusivo de Bismarck, sendo um planeta com uma industria avançadíssima ele foi o único governo que viu uma oportunidade para investir num projeto tão opulento, o custo da produção de um único Obus é astronômico e como forma de propaganda ele não atinge as pessoas tão bem quanto um Hussardo clássico visto como simbolo dos heróis, contudo numa batalha especialmente difícil o Obus é bem vindo no apoio.

"Muito maior que um hussardo normal"



F3 H0 R5 A4 PdF5 (Kyodai)

Vantagens: Ataque especial canhão obus (poderoso, perigoso, penetrante, dano gigante), armadura extra (perfuração, corte, contusão), tiro multiplo, tiro carregavel, deflexão.

Desvantagens: Ponto fraco (limitação de terreno), munição limitada, bateria