Uma espessa neblina encobre os pântanos melancólicos do mundo, locais ermos e sem homens dominados por nada alem de uma magia estranha, nesses locais o tempo não corre, ou ele volta ou ele voa. A membrana emerge entre lapides de um cemitério a beira de um templo, disfarça os perigos ocultos nas estradas, mais não apenas isso, as brumas são garras de poderes desconhecidos que qualquer criança teme, são muralhas vivas que cercam e isolam os povoados que ousam viver nas florestas antigas do mundo.
Um viajante que entre na fronteira das brumas com intuito de alcançar rapidamente outro povoado terminará envolvido por um inferno de neblina branca densa. Ate mesmo o chão desaparecerá sob seus pés. A direção e a distancia se tornam insignificantes e a menos que o viajante utilize um dos caminhos das brumas, correntes que fluem através da nevoa, ou seja escoltado por um druida, ele não terá o menor controle sobre o destino que lhe reserva.
As brumas fazem o tempo perder o sentido. Dentro da fronteira de nevoas a noite se mistura com o dia sem nenhum aviso e não ocorre mudança nas fases da lua, historias falam sobre viajantes que saíram das brumas, semanas, meses ou mesmo anos depois, ou antes, de terem entrado.
"Não ande na nevoa sem um guia"
As brumas ocorrem em locais onde o mundo físico toca o outro mundo, onde talvez a magia de Morgul seja muito frágil e fraca, elas podem surgir em qualquer lugar e hora, emergindo da terra para arrebatar pessoas e conduzi-los a locais distantes. Os homens da floresta contam nas reuniões de seus clãs, historias assustadoras sobre pessoas perdidas durante dias em pequenos bosques, becos apertados que se tornam labirintos ou mesmo casas normais que se tornam infinitas dentro da nevoa.
As brumas se manifestam em locais estranhos e nenhuma força parece ser capaz de impedi-las, o povo atribui a elas lendas de mau agouro, falam sobre fronteiras do fim do mundo e da morte, acreditam que os tumulares caminham entre essas brumas, não emanam magia e não podem ser afastadas por forças comuns.
Etéreo Raso
Mesmo que a magia de Morgul tenha separado o plano material dos demais, em locais com nevoa e possível chegar ate o começo de um plano de espíritos, surgido das paixões e lendas remanescentes dos vivos, levando a reinos que por algum motivo as brumas arrancaram do mundo real, é possível chegar a fortalezas que se perderam, encontrar batalhas que nunca param, ou ver mares de almas em prantos em meio a uma paisagem que parece ser um espelho fosco do mundo material.
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