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quinta-feira, 27 de junho de 2013

O Mestre da Masmorra

O Inicio

Era uma vez.
Há muito tempo, em uma galáxia muito distante.
Em uma noite escura e tempestuosa.
Em um buraco no chão vivia um hobbit.

Se você e jogador de RPG ou mesmo adorador de cultura pop já conhece essas palavras, elas foram o começo de algumas das mais incríveis e aclamadas aventuras da nossa geração e de gerações passadas também, uma historia precisa começar de algum lugar e como clássicos essas palavras foram repetidas dezenas de vezes assim como as historias que elas iniciam, mais e melhor se ater aos clássicos ou criar algo novo?

No princípio era o Verbo...

O inicio de sua campanha e um ponto crucial. Seguindo o exemplo de revistas em quadrinhos dos EUA muitos mestres muitos vêem o começo como algo a ser evitado ou totalmente ignorado. Mais muitos nem mesmo sabem quando começar, existe uma máxima que diz “comece do começo vá ate o final e então pare” mais o que e o começo?

Para diferenciar qual e o começo da sua historia e qual e o passado primeiro e necessário diferenciar a historia que deseja contar, se for a vida inteira de um personagem então talvez seja bom começar por seu nascimento ou infância. Um tipo de historia que mais se vê por ai contudo e sobre surgimento e resolução de conflitos, nesse ponto não e necessário determinar a genealogia dos protagonistas embora isso de um ar de detalhamento apreciado por muitos, caso deseje a primeira opção cuidado. A nova trilogia de starwars optou por contar a historia de Anakin Skywalker desde a infância. Isso pode ser considerado um erro já que a verdadeira origem de Darth Vader não e seu tempo correndo com pods em Tatooine e sim sua queda para o lado negro, independente do sucesso dos filmes durante a arrecadação nos cinemas dificilmente uma abordagem assim daria certo fora de um universo amado por milhões.

"Como seria Harry Potter se não soubéssemos como os Dusley o tratavam mau? ou sem sabermos desde o inicio sobre Voldemort?"


Uma temática clássica que costuma funcionar melhor é começar pelo cotidiano do protagonista que esta prestes a ser interrompido pelos grandes eventos que iram guiar a historia. Stephen king costuma fazer isso em seus livros, os personagens vivem existências pacatas com suas famílias ate que o sobrenatural interfere. Muitas sagas de fantasia incluindo em videogames também mostram o futuro herói como um jovem fazendeiro sonhando em conhecer o mundo antes do ataque do lorde maligno, os mestres tem muito o que nos ensinar e só estar atento pra ver e aprender.

Na minha opinião contudo o começo raramente deve ter haver com o personagem principal/ protagonista, as melhores historias que eu já contei embora não as melhores que eu já li, começam de um ponto diferente do passado, futuro ou presente do cenário de campanha o livro “o rei do inverno” começa com o nascimento do futuro monarca em meio a uma tempestade, a versão de cinema de o hobbit começa com bilbo contando sobre a vida pacata em Erebor e sobre sua riqueza antes de Smaug o magnífico tomar pra si o reino dos anões. Começos assim mostram o dia a dia, a rotina, sendo destruída pelo conflito e apresenta aos jogadores uma amostra do que os espera.

Muito do que havia está perdido...

Bem então porque em tantas historias consagradas o começo e uma parte chata feita pra ser passada rapidamente se e uma parte importante de uma obra? Porque ele se mostra tão inconveniente?

Normalmente o que vemos em historias em quadrinhos e na maior parte das historias da mídia variada o que interessa esta no meio. Os seriados americanos e gibis são famosos por criar meios infinitos, onde os conflitos estão ali já estabelecidos mais nunca encontram uma resolução. Geralmente quando o começo da historia e algo que deve ser evitado ou descartado rapidamente o que vemos e que as motivações do personagem são artificiais, embora nem sempre, Bruce Wayne teria uma vida feliz e pacata se um bandido não tivesse matado seus pais. Bilbo teria ficado no Condado a vida inteira não fosse Gandalf bater em sua porá com treze anões malucos. Nesse tipo de narrativa o começo e uma “desculpa” pro que realmente interessa. Isso não precisa ser algo ruim mas vamos nos esforçar um pouco mais no começo do que apenas os ignorar.

"Ou como seria pokemon se não tivéssemos visto pikachu se tornar amigo de ash lentamente, alem dele se juntar a misty e broock?"


O ideal ouso eu dizer, é que o começo seja parte integral da obra principalmente quando se narra RPG, não e necessário artifícios para manter o interesse no começo da historia quando ela faz parte da historia propriamente dita, na historia em quadrinhos “o cavaleiro das trevas” por exemplo, onde Bruce Wayne que avia se aposentado volta a ser o Batman, o começo e uma parte importantíssima da historia e em minha opnião a melhor parte dela, mais que apenas uma desculpa e uma parte importantíssima da historia.

Lembre-se disso e tente usar o começo da historia a seu favor, saiba que o começo da historia dita o tom de sua narrativa, no começo nada prende o leitor a obra ou jogo então se você começar com descrições longas e meio chatas, os jogadores poderão achar que  a obra tem predominâncias de momentos como aquele mesmo que você tenha preparado dezenas de lutas de vida e morte, saiba que isso e psicológico, mesmo que você saiba que isso não e bem verdade e so descobrirá como e toda a obra indo ate o fim você tende a classificá-la já como algo que não e devido ao inicio.

Entre no beco certo em syn city e você acha qualquer coisa...

Pior que começar com descrições físicas e com descrições psicológicas, não descreva como as pessoas ou protagonistas de sua historia são, mostre a seus jogadores como eles são por meio de ações e eles iram entender, use o começo a seu favor, se quer uma obra leve e bem humorada comece com momentos de descontração, se quer algo trágico comece com  momentos sombrios.


O começo também acaba afetando a ação dos jogadores, inícios épicos tendem a gerar nos jogadores sentimentos “Swashblucking” com personagens corajosos e muitas vezes generosos.

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