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domingo, 24 de agosto de 2025

Dolmenwood

Kelpie 

O Homem e o Cavalo do Pântano

Uma figura estranha e assustada entrava a noite numa taverna de Mossfen, por um segundo chamando atenção de todos os frequentadores que logo deixavam o viajante assustado se aproximar do balcão. Com mãos tremulas e ainda coberto pela capa de viagem que pingava da chuva que não tinha terminado de cair, ele pedia.

- U...uma cerveja por favor... Rápido - Agarrando com mãos tremulas a caneca, seus olhos ainda arregalados chamavam atenção do taverneiro. Que se aproximava para então notar hematomas visíveis na sua mão direita e ele perguntava.

- Algum problema amigo?

O homem parecia ter saído de um transe com a pergunta - E...eu perdi minha espada... na lama , digo, na margem do Murkmire - Respondia com a mente ainda meio viajando em seus próprios pensamentos.

O taverneiro dizia - Melhor seria ir buscar agora não - Mas o homem balançava a cabeça rapidamente negava com movimentos rápidos.

- Não.. v..vou esperar amanhecer, melhor evitar andar por Murkmire a noite, mesmo... mesmo tão perto da cidade, eu estava lá - respondia ele antes de tomar um longo e demorado gole da cerveja - Eu voltava de lá e vi um animal, eu achei ser um cavalo perdido.

O taverneiro sentou-se do lado do homem para lhe ouvir a historia, com genuína curiosidade agora - ninguém da margem da cidade tem dinheiro pra um cavalo, você realmente viu um ?

O homem balançava a cabeça afirmativamente - Um animal belo, de pelo macio e negro, ele me olhava como se me estivesse me chamando - longos goles da caneca e jogava-a vazia no balcão, onde o taverneiro a enchia novamente e o homem voltava a beber - Belo, com a crina encharcada pela chuva, imaginei ser um puro sangue de tão impressionante que o animal era. Pensando bem é idiota mesmo, um cavaleiro perderia seu animal na noite assim? E pior eu nem lembro de ter visto rastros do cavalo mesmo com tudo enlameado - Com aquilo o taverneiro já não precisava mais adivinhar o que vinha a seguir mais deixou o homem continuar sua historia.

- Ao me aproximar o cavalo abaixou a cabeça para mim, manso, quieto como um animal de montaria treinado, quando lhe toquei a crina - Ele tremia um pouco e agora massageava a mão - Ela não era uma crina, não era pelo, era lodo ou algo parecido, grudou em mim como alcatrão e então todo resto aconteceu rápido... bem rápido - O homem parava dando uma longa pausa para respirar.

- Ele olhou para meu rosto com olhos vítreos sujos que cortaram minha alma mais que o frio da noite, seus lábios se abriram revelando dentes sinistros, pontudos e afiados, algo mais apropriado para estar na boca de um leão.... - longa pausa, mais uma caneca vazia mais o homem não parava dessa vez - Então veio o primeiro puxão, nesse minha espada caiu e minhas pernas afundaram ate os joelhos na lama enquanto ele tentava me puxar para o lago, o que me salvou? A igreja... o sino tocou logo em seguida e o animal entrou em pânico, seu aperto se afrouxou na minha mão e eu consegui correr. - O taverneiro já esperava algo assim, ele retirou a capa molhada do homem e o guiou para a lareira para ele se esquentar, de manha ele poderia tentar recuperar sua espada.

Assombração da Agua

Existindo em pântanos, charcos, lagos sinistros e rios traiçoeiros. Se mostrando como um cavalo negro cujo o pelo nunca seca e com cascos que não deixam rastros na lama ou terra, o Kelpie engana viajantes, sua bela aparência, uma ilusão provocada pelo glamour que esse monstro instintivamente manipula não passa disso, um truque, uma imagem irreal, ao tocar no monstro a forma irreal se desfaz, seus olhos sinistros surgem, sua pele fria e grudenta se mostra assim como os dentes que usará para rasgar sua vitima, rapidamente tentando o levar para o fundo do rio onde ira afogar o desavisado preso em seu corpo para depois lhe consumir a carne e roer seus ossos.

"Não viaje por Murkmire a noite"

O kelpie raramente entrará em combate, preferindo matar suas vitimas pelo engano, as prendendo e afogando, em raros momentos em que ataca, usa seus dentes afiados e cascos poderosos para esmagar adversários, no geral atacando ate 3 vezes por turno, além de controlar uma pequena área de nevoa ao redor, com efeitos semelhantes a magias equivalentes a criar neblinas, também sendo capaz de causar medo sobrenatural aqueles que olham diretamente em seus olhos amarelo foscos, aqueles que miram seu olhar precisam ser bem sucedidos em testes de resistência contra o equivalente a magias que causam pânico.


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