A Igreja da Metamorfose
A Grande Porta de Bronze
É sabido entre os condenados que o inferno existia antes da queda dos grandes anjos dourados que afundaram em desgraça no abismo, antes uma terra composta por terrenos de carne cancerosa repleto de segredos e seres estranhos, uma das poucas estruturas que existe no inferno desde aquela época é a grande porta de bronze fechada em uma construção abandonada entre as montanhas invertidas do abismo, contudo por traz daquela porta se ouvem sussurros, e os condenados ouviram os sussurros do que quer que exista atrás da porta, ouvindo suas promessas de força, de apoteose, de transformação...
![]() |
Na primeira fase do rito de metamorfose o couro do cranio é retirado e um buraco é aberto para facilitar o acesso do agente modificador |
Numa das primeiras investidas do Graal negro quando o mosteiro de São Vindictus caiu e os mortos resultantes dessa conquista partiram para reforçar o cerco contra Nova Antioquia, as forças dos caídos não imaginavam que antigos condenados viriam ao mosteiro levando em um altar uma grande porta de bronze, se é a mesma esquecida dentro do abismo não se tem certeza, mais a partir daquela porta o mosteiro infectado foi tomado por carne, dentes e secreções, não demorou para ser descaído a novas forças e agora cânticos voltavam a ecoar pelas paredes do antigo monastério mas agora para deuses obscuros do inferno.
A Mudança
Os condenados dedicados ao culto da metamorfose passam por torturas terríveis em sua prometida apoteose que ate hoje desde que a porta foi descoberta não aconteceu totalmente, nenhum condenado chegou ao nível de poder de um monarca do inferno, de um príncipe de Dis e muito menos de Deus, mas embora não consigam alcançar os anjos, eles já conseguem tocar a parcialmente a divindade, o processo é doloroso e demorado, ninguém tem certeza de quanto tempo demora mesmo os praticantes pois sua mente vai se tornando menos humana a medida que o processo continua e o tempo deixa de ser importante.
![]() |
Pupa, a metamorfose começou |
O couro cabeludo de um voluntario é esfolado e seu crânio é aberto para que o vetor da metamorfose seja acessado, a partir dai a pele do condenado começa a endurecer e esticar como uma pupa e dessa forma que é escondida pelos outros que já passaram pela transformação monstros inumanos se erguem, não se sabe se a casta, talvez seja a melhor forma de se referir, reflete alguma característica do condenado mais alguns renascem menores e outros maiores, uma vez renascidos eles esquecem as promessas de apoteose e passam a servir a entidade atrás da porta como formigas obedecendo a uma rainha, e como num formigueiro eles tem servos menores e tem soldados.
![]() |
Serafim Pupal em busca da Apoteose |
Nenhum comentário:
Postar um comentário