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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

O Mestre da Masmorra

 

Amor ao Conhecimento

 

Filosofia é o amor ao conhecimento, uma doutrina que valoriza o pensar critico, o saber e também a compreensão, seja de que não conhece tudo que se pode conhecer, seja do que se conhece para saber ate onde vão seus conhecimentos. Uma forma mais abstrata de ver o conhecimento, eu nunca liguei filosofia a forma como colocam as áreas de conhecimento análogas em fantasia, magos costumam ser vistos como cientistas e mesmo os clérigos são quando muito teólogos, filosofia com sua forma de ver o mundo pelos olhos da compreensão as vezes abstrata as vezes exata, entendo o conhecimento como algo que evolui e muda e tendo como principal razão de ser, entender as relações entre pessoas, não combinava com o método exato e cientifico que se apresentava a magia, com suas  formulas que precisavam ser estudadas e decoradas. O conhecimento do filosofo é mais próximo de uma arte que de uma equação, sendo assim não daria para transpor filosofia como um pensamento para magos? Talvez não para magos mais e para feiticeiros? Vistos como os artistas da magia muitas vezes eles ficam restritos a nascidos com magia. Filhos de dragões, demônios, anjos, gênios. Mas em mundos onde a magia é caótica, onde por mais que possa ser compreendida por formulas ela também se apresenta como algo vivo, o feiticeiro pode ser um dos amantes do conhecimento.


"O conhecimento transparece a beleza"


 

O Mundo das Ideias e a Magia

 

Para Platão as ideias não são criações humanas, elas são seres em si que existem objetivamente apesar e não a partir dos seres humanos, sendo esse mundo um reflexo das ideias, diferente de nos que concebemos uma ideia como representação mental abstrata a visão do mundo das ideias as toma como representação plena da realidade superior aquela que nos vivemos. Em suma se somos capazes de imaginar é porque existe em um plano superior ao nosso, o feiticeiro assim retiraria sua magia de conhecimentos que existem apesar dele, vindos do mundo das ideais porque elas são eternas e não pertencem ao seu idealizador, são unidades absolutas, portanto não seria estranho um feiticeiro lançar magias semelhantes as do mago.

 

Através da manifestação física das ideias o feiticeiro então faria suas magias, com uma compreensão ampla da realidade através das ideias ele poderia ate mesmo manipular nossa fraca versão de realidade, sim pois para o platonismo a totalidade do real é composta por níveis distintos de realidade e o nosso plano seria o mais baixo por isso corruptível, ilusões seriam apenas sombras das coisas reais em planos superiores ou corrupções das coisas que existem que são imperfeitas.

 

Estoicismo e a Magia

O estoicismo ou escola estoica que foi criada pelo grego Zênon de Cítio pregava a perfeição humana como fundamentada na ideia que os seres humanos estão ligados a natureza. Assim sendo, devem negar seus desejos para realização de uma vontade guiada pela razão em conformidade com essa natureza, daí viriam as virtudes.

 

Com uma pequena mudança o filosofo feiticeiro veria a magia como fundamentada na perfeição da natureza, sendo que a magia seguiria a vontade da natureza, o fogo deve queimar, a água deve fluir e por ai vai, através desse conhecimento aprofundado ao ponto de entender esses parâmetros o feiticeiro poderia através da compreensão da virtude de cada escola mágica conseguir manifestar seus efeitos sem precisar de fato os estudar como formula, pois ele não precisa aprende-los, ele os compreende.

 

Cinismo e a Magia

 

O cinismo é uma corrente filosófica que pregava desprezo pelos bens materiais descartando o prazer como uma virtude e o aplicando como um vicio que afasta os homens da felicidade, eles pregavam o desenvolvimento da humanidade como forma do homem se tornar pleno e feliz renegando fama, bens e glorias.

 

Aplicado a magia, os cínicos iriam desprezar autoridades e instituições, vendo seus métodos como no mínimo mau guiados, não sendo então incomum que manifestem suas magias de formas diferentes e mesmo únicas para cada praticante, o cínico dedicaria sua vida a demonstrar a magia como uma virtude em si  e seu desenvolvimento como objetivo do mago, não a busca pela fama, riquezas e títulos, tomando uma vida ascética, sem luxo e nem bens dedicando-se ao desenvolvimento mágico, não negando suas descobertas a qualquer um e procurando formas de se melhorar.

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