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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Chefe de Fase

 O Último dos Valmor

A neve não para de cair sobre as colinas tumulares.
Cada floco que caía sobre o ferro da armadura parecia esfriar a alma de Edran Valmor o lembrando da sina que vivia. Uma que se arrastava desde os tempos de seu trisavô, o Barão Ulric.

- Trinta almas mortas por ambição - Dizia o padre.
- Uma dinastia manchada pelo ouro e pelo sangue, que a maldição acabe agora - Ele completava andando enquanto abençoava as armas de Edran.

Antes Edran não acreditava em maldições… até o chão sob o velho cemitério começar a respirar.

Uma noite muitas noites atrás. Edran ja nem lembrava quando parecia outra vida, uma vida mais bela e dourada onde o nome de Valmor não significava monstruosidade, ate aquela noite onde um sussurro em um sonho o acordou.

Tu... roubaste meu nome.

Edran ergueu a espada. O uivo monstruoso de seu antepassado lhe trouxe de volta a realidade, lhe trouxe de volta ao cemiterio maldito, precisava conter o cavalo ou mesmo o animal de guerra fugiria diante daquela sensação de horror.

Da fenda rastejou Ulric Valmor. o corpo longilíneo, serpentino, coberto de placas de armadura moldadas pelas forças sombrias, em seus dedos anéis dourados, outrora símbolo de sua nobreza, estavam agora ornando a morta criatura com olhos que ardiam em um vermelho sangue e fogo, como as chamas da ganância que o moldara.

- Não me deste gloria nem virtude, apenas vergonha, não me foi exemplo apenas fardo e agora retorna para assolar minhas terras avô... pois aqui estou e lançarei seus ossos no fogo antes do sol raiar - gritava Edran em desafio.

A criatura soltou um riso distorcido, seus olhos cintilavam e ele se mostrava ansioso - Devorarei sua carne meu neto, antes que a manha esteja entre nós.

A batalha foi brutal, cavaleiro digladiou com monstro por horas antes da lamina prateada encontrar o peito da aberração que se desfez em cinzas e um uivo de banshee, as historias se tornam muitas agora, alguns falam que Edran morreu enfrentando seu demoníaco parente, sua riqueza foi doada para a igreja e um tumulo foi erguido em sua honra. Outros dizem que ele forjou sua morte e se juntou ao clero, em busca de purificar a alma da macula demoníaca de sua família, seja qual for a verdade não existe um tumulo para o herói Edran, e na propriedade de sua família o ultimo tumulo erguido diz apenas "aqui jaz o ultimo dos Valmor".

Horror de Ossos

Comerciantes ricos, nobres gananciosos, homens de grande poder monetário por vezes se veem amaldiçoados por ganancia, os anões possuem muitos contos sobre a febre do ouro e a doença do dragão. As vezes quando enterrados em locais malditos e em mais raras vezes ainda, quando essa ganancia é tão intensa que amaldiçoa o terreno onde o morto foi enterrado, com o passar dos anos surge um Horror de Ossos.

A caçada à antiga Baronesa Svarogov chega ao fim.
Sua filha, Radomira, exige um duelo
para limpar o nome de sua família.
A monstruosidade serpentiforme eclode do cemitério com joias de sua antiga vida, armas e defesas adaptadas se tiver sido enterrada com tal, tudo modificado pela força da maldição, uma vez despertado o monstro passa a saquear tudo que lhe agrade, tudo que em seus olhos exista valor, matando seus antigos possuidores, acumulando riquezas em seu tumulo agora violado, o ouro atrai o monstro e para sua logica distorcida não existe nada que não lhe pertença.

Muitas historias de nobres mesquinhos voltados da tumba para destruir seus antigos domínios marcam a historia do mundo levando a destruição de varias dinastias as vezes pelas mãos de seus forjadores. Contudo as riquezas no covil do monstro atraem aventureiros e mercenários atrás de riqueza fácil, cuidado herói, o ouro corrompe.

Horror de Ossos

P:        5
H:       3
R:       6

PA, 15 PM, 30 PV

Perícias: Luta

Vantagens: Aberrante (Luta); Acumulador, Alcance, Anulação, Ataque Especial (Poderoso), Golpe Final, Imune (Abiótico), +Membros, Punição (qualquer de –1 ponto), Sentido (Radar)

Desvantagens: Ambiente (Cemitério, ruinas, locais amaldiçoados), Aura –2, Diferente

Técnicas: duas técnicas comuns quaisquer mais os poderes abaixo listados.

Corpo de Cova: Ignora 4 pontos de dano fisico ou de trevas, recebe +4 dano por fogo ou itens abençoados.

Sopro Cadavérico: Pode por 5pms lançar um sopro que causa em um cone a sua frente um dano de 2d6, exigindo de todos os atingidos um teste de R dificuldade 10 ou recebem 1d6 de dano pelo numero de turnos igual a H do monstro.