O Último dos Valmor
A neve não para de cair sobre as colinas tumulares.
Cada floco que caía sobre o ferro da armadura parecia esfriar a alma de Edran Valmor o lembrando da sina que vivia. Uma que se arrastava desde os tempos de seu trisavô, o Barão Ulric.
- Trinta almas mortas por ambição - Dizia o padre.
- Uma dinastia manchada pelo ouro e pelo sangue, que a maldição acabe agora - Ele completava andando enquanto abençoava as armas de Edran.
Antes Edran não acreditava em maldições… até o chão sob o velho cemitério começar a respirar.
Uma noite muitas noites atrás. Edran ja nem lembrava quando parecia outra vida, uma vida mais bela e dourada onde o nome de Valmor não significava monstruosidade, ate aquela noite onde um sussurro em um sonho o acordou.
- Tu... roubaste meu nome.
Edran ergueu a espada. O uivo monstruoso de seu antepassado lhe trouxe de volta a realidade, lhe trouxe de volta ao cemiterio maldito, precisava conter o cavalo ou mesmo o animal de guerra fugiria diante daquela sensação de horror.
Da fenda rastejou Ulric Valmor. o corpo longilíneo, serpentino, coberto de placas de armadura moldadas pelas forças sombrias, em seus dedos anéis dourados, outrora símbolo de sua nobreza, estavam agora ornando a morta criatura com olhos que ardiam em um vermelho sangue e fogo, como as chamas da ganância que o moldara.
- Não me deste gloria nem virtude, apenas vergonha, não me foi exemplo apenas fardo e agora retorna para assolar minhas terras avô... pois aqui estou e lançarei seus ossos no fogo antes do sol raiar - gritava Edran em desafio.
A criatura soltou um riso distorcido, seus olhos cintilavam e ele se mostrava ansioso - Devorarei sua carne meu neto, antes que a manha esteja entre nós.
A batalha foi brutal, cavaleiro digladiou com monstro por horas antes da lamina prateada encontrar o peito da aberração que se desfez em cinzas e um uivo de banshee, as historias se tornam muitas agora, alguns falam que Edran morreu enfrentando seu demoníaco parente, sua riqueza foi doada para a igreja e um tumulo foi erguido em sua honra. Outros dizem que ele forjou sua morte e se juntou ao clero, em busca de purificar a alma da macula demoníaca de sua família, seja qual for a verdade não existe um tumulo para o herói Edran, e na propriedade de sua família o ultimo tumulo erguido diz apenas "aqui jaz o ultimo dos Valmor".
Horror de Ossos
Comerciantes ricos, nobres gananciosos, homens de grande poder monetário por vezes se veem amaldiçoados por ganancia, os anões possuem muitos contos sobre a febre do ouro e a doença do dragão. As vezes quando enterrados em locais malditos e em mais raras vezes ainda, quando essa ganancia é tão intensa que amaldiçoa o terreno onde o morto foi enterrado, com o passar dos anos surge um Horror de Ossos.
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| A caçada à antiga Baronesa Svarogov chega ao fim. Sua filha, Radomira, exige um duelo para limpar o nome de sua família. |
Muitas historias de nobres mesquinhos voltados da tumba para destruir seus antigos domínios marcam a historia do mundo levando a destruição de varias dinastias as vezes pelas mãos de seus forjadores. Contudo as riquezas no covil do monstro atraem aventureiros e mercenários atrás de riqueza fácil, cuidado herói, o ouro corrompe.
Horror de Ossos
P: 5
H: 3
R: 6
3 PA, 15 PM, 30 PV
Perícias: Luta
Vantagens: Aberrante (Luta); Acumulador, Alcance, Anulação, Ataque Especial (Poderoso), Golpe Final, Imune (Abiótico), +Membros, Punição (qualquer de –1 ponto), Sentido (Radar)
Desvantagens: Ambiente (Cemitério, ruinas, locais amaldiçoados), Aura –2, Diferente
Técnicas: duas técnicas comuns quaisquer mais os poderes abaixo listados.
Corpo de Cova: Ignora 4 pontos de dano fisico ou de trevas, recebe +4 dano por fogo ou itens abençoados.
Sopro Cadavérico: Pode por 5pms lançar um sopro que causa em um cone a sua frente um dano de 2d6, exigindo de todos os atingidos um teste de R dificuldade 10 ou recebem 1d6 de dano pelo numero de turnos igual a H do monstro.


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