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sábado, 31 de agosto de 2024

Masmorra Bagunçada

 Anões, Senhores das Forjas e das Montanhas

Aqui vai um pequeno texto para ajudar narradores que estejam querendo criar seus próprios cenários de RPG, com minha visão em particular com um pequeno guia de como vejo a raça anã e umas poucas dicas de como emprega-la em um mundo, espero que seja util.

Cultura e Sociedade

Uma das raças mais icônicas dos universos de RPGs. Originalmente inspirados das lendas nórdicas tal como os elfos, são sempre descritos como seres robustos e determinados, conhecidos por sua habilidade em mineração e forja, além de uma lealdade inabalável, ao clã, as tradições e a seus amigos, anões demoram para confiar em alguém mas a estima por aqueles que ele conhece e confia é grande.

Em cenários onde a cultura dos anões costuma ser melhor abordada eles são seres voltados para as artes e para o artesanato, uma cultura a um pulo de se tornar industrial e em alguns casos já iniciando esse processo, com cidades esculpidas dentro de montanhas como verdadeiras obras de arte, salões grandiosos e forjas sempre em atividade já nos mostram o quanto eles valorizam o trabalho duro e ele esta intimamente ligado a sua cultura, arte e vida no geral.

Armas que tambem são ferramentas
são marca dos anões em cenarios de RPG


Longevos, os anões valorizam a tradição como forma de se manter ligado a seu passado glorioso, normalmente possuem grande apresso pelo nome de seus antepassados e muitas vezes seus deuses são ancestrais diretos da raça, tal apresso se estende a família e ao clã, a ganancia anã tão comentada entre outros povos, pois ate os anões honrados buscam tesouros com avidez, deve ser pontuada aqui para ser adaptada pelo mestre de maneira certa, os anões, pelo menos os honrados, não buscam riquezas para si mais para o clã, trazer ouro a seu clã significa que ele estará mais forte e mais preparado para enfrentar inimigos ou situações difíceis.

Essa longevidade e ligação a família e tradições costuma faze-los inimigos terríveis, pois torna crimes contra os anões um crime contra seu clã, família e tradição, dessa forma é comum em muitos cenários que eles possuam o habito de colecionar rancores. Nos cenários onde os livros de rancores existem os anciões dos clãs direcionam a força do clã para vingar as ofensas cometidas contra o mesmo, com séculos de vida, memoria duradoura e um cultura que valoriza compromissos cumpridos garante que os anões vinguem seus rancores se não contra quem os causou pelo menos contra seus descendentes, tornando-os perigosos de se lidar se toda a situação não for bem clara.

Grandes Forjadores

Uma das contradições que costuma haver entre anões em cenários de RPG é que são aversos a magia mais criam armas magicas de enorme qualidade. Isso particularmente sempre me incomodou, como saída para isso você que esta tentando criar sua própria sociedade de anões para seu cenário pode escolher uma dessas saídas.

Sem magia, os anões são grandes artesãos que possuem técnicas, arte e formas de forjar armas que rivalizam com armamento magico sem de fato encanta-lo, talvez bestas pesadas com materiais incríveis, espadas com metal fantástico por si só, talvez já tenham armas de fogo de grande qualidade, coisas que mesmo não sendo magia rivalizam com armas de fogo ou arcos capazes de lançar flechas de energia.

Tradição de magia única, os anões não rejeitam toda forma de magia, apenas as magias que não fazem parte de sua tradição, tradição essa já estabelecida, talvez o método humano e élfico sejam de difícil compreensão para eles, ou devido a uma visão menos utilitarista tornem a magia mais instável e propensa a falhas o que não aconteceria em sua tradição que poderia sacrificar velocidade por um feitiço que nunca falha, sendo dai a pericia deles e sua capacidade de criar armamentos encantados de altíssima qualidade.

Habilidade e Características

Representados como grandes
artesãos, os Anões não tem rivais em
forjar armas na maioria dos mundos
Em aparência, tradicionalmente anões são representados como humanoides robustos de baixa estatura, com menos de 1,50 metro de altura, mas tão largos e fortes que pesam mais que um humano e possuem uma força bem maior, uma das características mais comuns são suas longas barbas que são motivo de orgulho no qual costumam passar horas cuidando, muitas vezes tendo armaduras para protege-las como mascaras de combate, em alguns cenários é esperado que um anão adulto nunca corte sua barba sendo ela símbolo de sua honra.

Sendo quase sempre retratados como um povo de tradições guerreiras com grande afinidade Elemental a terra, normalmente empunhando as armas da raça que por tradição são muito bem criadas tendo algumas vezes capacidade de durar por muitos séculos, sendo as vezes útil como ferramenta também, além de armaduras e escudos pesados para aproveitar a grande robustez característica da raça.

Seus nomes costumam ser compostos de prefixos e sufixos que refletem qualidades e/ou historias pessoais, um bom exemplo disso seria o personagem de tolkien retratado no livro "o hobbit" , Thorin Escudo de Carvalho, que pelo menos no filme, representa seu feito de lutar contra o orc Azog o Profano usando um tronco de carvalho como escudo para se proteger de sua maça gigantesca.

Para Encerar

Anões são uma raça fascinante e complexa, costumeiramente apresentados com historia rica, cultura intrincada e sua presença seja como guerreiros destemidos, artesãos habilidosos ou guardiões das montanhas, protegendo o mundo contra males vindos do interior do mundo, sempre da uma cor amais a um cenario. Espero ter ajudado a dar ideias aos mestres que desejam criar seus próprios mundos de RPG e pensem nos anões com carinho, são muito mias do que apenas alivio cômico.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

O Mestre Da Masmorra

 Meus 2 Centavos Sobre o Final de Boku no Hero

Com um final tido como decepcionante e uma historia que, com sua conclusão e a forma que acabou, olhando de longe noto que parece ser uma alegoria com a sociedade de castas japonesa, boku no hero academia chegou ao fim, um fim corrido e com alguns erros, mas que cativou o publico japonês embora tenha sido amplamente rejeitado pela maioria dos outros fãs de outros países. Escrito por Kohei Horikoshi em 2024 boku no hero academia completa 10 anos alcançando sua conclusão, apesar de ser uma das estrelas da shounen jump o que o tornou famoso foi o anime que começou a ser exibido em 2016, cabe lembrar que a década de 10, foi a era das histórias de super heróis, tornando bem propício o aparecimento desse manga e com certeza o ajudando a se firmar como o sucesso que se mostrou, apesar de performar na época dos super heróis a obra de kohei vinha mostrando pontos de vista ate ácidos sobre os super heróis americanos, e não se engane, isso reflete o final e também é a razão dele ter sido tão mau recebido no brasil, choque de culturas, insira aqui piada sobre programa de humor. Dito de forma a ficar mais claro, a raiva pelo final de boku no hero é mais pela familiaridade com historias americanas, que pelo final em si, esse manga não foi o primeiro “japonês demais” para ser entendido por outros com facilidade, bleach ate hoje amarga um estigma de “mau feito” unicamente por ser profundamente ligado a própria cultura dos criadores. Bom talvez não unicamente mais principalmente.

Ideia Governante

Uma coisa a se falar sobre a ideia governante, toda narrativa ou pelo menos toda narrativa clássica que demanda uma historia com inicio meio e fim e que busca uma conclusão satisfatória baseada no que se estabelece no inicio, bom, essa estrutura chamaremos de ideia governante, sendo ela fácil de se analisar se você souber onde olhar e o que procurar, a ideia governante serve para orientar a historia e guia-la, podendo divergir mais não fugir da ideia governante, isso mantêm a coerência. Embora aconteça da ideia governante mudar dependendo mais do publico do que da historia, adianto aqui que a de boku no hero está coerente ate o seu final. Seu sistema de valores se mantêm firme, ou caso haja lacunas elas são pequenas, o suficiente para passarem desapercebidas por mim na minha leitura complementar para esse texto, mas vamos tentar demonstrar que esse mangazinho se segura?

A Proposta

Embora não inedita, inclusive já abordada em Xmen, boku no hero parte de uma premissa bem interessante por si só, a proliferação dos super poderes, tanto que é dito no inicio da historia que no momento em que ela se passa cerca de 80% da humanidade conta com super poderes, ou seja, pessoa com super poderes são uma minoria, guarde essa informação, tudo isso teria começado sem uma razão aparente, com o nascimento de um bebe brilhante a partir dai os super começaram a nascer no mundo, mutações começavam a se mostrar nas pessoas sobretudo nas crianças, o advento do bebe brilhante é questionado no fim, que poderia ter supers bem antes dele mas não vamos derivar para isso. Uma coisa a se observar nos super poderes do manga, eles são herdados, mais uma informação para se guardar, e podem ser combinados, a exemplo do super herói todoroki, cabe observar, os super poderes são chamados na historia de “individualidades” ou no japones, kosei.

Esse nome ter sido escolhido para as mutações já é um bom comentário politico, terceira informação para grifar.

Como o numero de pessoas com individualidades se tornou alto demais, a sociedade criou uma estrutura para contemplar essas pessoas com super habilidades, desde escolas para ajudar a desenvolver essas habilidades ate mesmo uma ciência para catalogar e estudar como cada poder se manifesta e se desenvolve. Essas habilidades fantásticas se tornaram a norma, a sociedade já esta habituada com super seres, aqui entra a quebra do paradigma, o protagonista não possui poderes.

O Protagonista

Deku é um típico jovem de um manga shounem, ele é um rapaz bondoso e é bondoso porque sim, bondade natural, contudo é alguém tomado por uma profunda angustia, sua insegurança é tamanha que algumas pessoas por muito fazem sarro dela sem notarem algo esfregado em nosso rosto a todo momento, Izuku Midorya, nome verdadeiro do protagonista Deku, é uma minoria, imagino que alguns vão estar já achando que eu estou forçando lacração, eu digo que escolher não entender isso é seu direito, mas faz parte da argumentação, aos que vão continuar…. Deku sonha em ser um super heroi apesar de não possuir individualidade, um otaku de super herói ele estuda individualidades com um fervor quase apaixonante embora para a maioria das pessoas no manga, perturbador, de todos os super herois que ele observa e estuda o que o midoria mais venera é o grande Allmight, um homem grande, sorridente, musculoso e loiro, diria eu, uma beleza tipicamente norte americana. Seu uniforme tem cores dos EUA e seus golpes tem nomes de estados dos EUA, embora nascido no japão Toshinori, o Allmight é japones mas passou a vida inteira na America, e dos EUA ele trouxe esses trejeitos de super heroi e tambem sua forma de se comportar, refletindo ate em seu jargão “está tudo bem agora porque eu cheguei”agora os argumentos começam a tomar forma não é? “Individualidades”… “eu cheguei”. Mas sem querer atropelar o caso, Allmight é no geral um mistério dentro do próprio mundo, enquanto outros poderes são compreensíveis os dele não são, Allmight é apenas “super”, ele faz tudo melhor, é mais rapido , mais forte, mais resistente e capaz de coisas que não deveriam ser possíveis apenas por força bruta. O mistério dura por muito tempo embora parte dele seja revelado logo no primeiro capitulo, seus poderes são herdados, ele possui o one for all que passa para o jovem midorya e assim começa a macro trama do manga, one for all é um poder imenso, a capacidade de acumular poder, legado de herói para herói e inclusive Allmight é o oitavo usuário sendo Deku o nono, aos mais observadores iram fazer relação do fato de deku ser o nono e do poder morrer com ele, Allmight passa os poderes para midorya após presenciar um ato de coragem e benevolência dele, entendendo que ele é o que é necessário a nova geração.

Começa o arco de Deku com o one for all, um poder incrivel mais dilacerante, que cobra muito do corpo sendo necessário um corpo poderoso para o comportar, cobrando de deku um grande treinamento e ainda assim apenas para poder comportar ele em parte, por um longo tempo cada vez que ele usa os poderes Deku se quebra, Deku ganha uma invidualidade que seu corpo não consegue suportar, basicamente deku ganha um fardo que é a afirmação do seu eu, que ele não estava pronto para erguer.

O Rival

Katsuki Bakugou o que viria a ser o super heroi dynamight se mostra o rival de midorya, conhecendo ele desde pequeno, dizer que bakugou nunca foi um bom amigo é falar pouco, o bullyng pesado que ele fazia com seu “amigo sem individualidade” contudo tem um componente muito japonês, que ele sentia que sua honra era ameaçada porque deku sempre tentava lhe estender a mão, onde todos viam alguém poderoso, capaz e inalcançável, deku o sem poder via alguém que necessitava de apoio, de ajuda.

O Mito Base

Super heróis são mitos modernos e embora eles existam no espaço de historias mais usuais ou romances como é mais conhecido, em algum grau eles compartilham sua historia com o mito, um tipo de historia mais basal e o mito de boku no hero é o nascimento de all for one o grande vilão, nascido do que parece ser uma prostituta, ele próprio matou sua mãe roubando dela sua invidualidade e ate nutrientes enquanto ela o gestava, roubando nutrientes do seu irmão, que viria a ser a base para o one for all, inclusive aqui é possível ver ecos do mito dos fundadores de roma.

Esses dois irmãos transformam o mundo e enquanto o mais forte que viria a ser o vilão all for one é poderoso, ambicioso e não vê problemas em matar alem de tratar o irmão como posse e apenas por isso lhe da uma individualidade, a individualidade de acumular poder, o irmão é bondoso embora fraco e das ruinas da destruição do mais forte ele gostava de ver quadrinhos americanos de super heróis, dai ele tira uma base de heroísmo, um ótimo simbolismo, como a noção de super heróis nasce da mitificação de uma ficção. Contudo algo que o irmão mais forte não sabia é que o mais fraco possuía uma individualidade, a de passar poder, como dito antes as invidualidades se combinam, a de acumular poder junto com a de passar poder se tornou o one for all.

Do lado do herói se tem a noção que o poder é acumulado e passado adiante, transferido, tanto que cada usuário do one for all que já possuía super poderes, passou também o seu adiante e cada vez que isso era passado se criava algo novo, uma boa alegoria para tradição algo importante para os japoneses. Afinal o que é tradição se não os saberes passados? Por isso no começo da historia Allmight é um professor, para ensinar a nova geração, porque o professor é a pessoa que ocupa esse papel de vinculo entre o que era e o que vai ser.

O Coletivismo Japonês

O super herói em um padrão ocidental é alguém destacado da sociedade a qual ele faz parte, ou melhor, pertence, porque ele não faz parte, esta acima, ainda que em um papel de servidão ele se alça ao topo seja por capacidade, moral ou caráter de fazer aquilo que precisa ser feito e ninguém mais conseguiria. Por isso hoje em dia tem tantas historias que exploram os supers como alegoria racial, seja pra tratar como minoria, xmen, seja como alegoria ao nazismo, The Boys. Já em boku no hero, tudo isso caminha para algo diferente, o começo ate brinca com tropos de super herói americano mais ate o final isso vai se diluindo em visão mais abrangente da sociedade, refletindo o coletivismo japonês onde o todo é importante por isso o herói é alguém que faz parte da sociedade e não que desponta dela e sim que se dilui, muitas reclamações de “nossa ele virou professor e CLT” embora o final seja anticlimático não é ruim, a historia jogando na nossa cara a todo momento a questão do coletivismo sobre que qualquer um pode ser herói dentro de suas limitações, embora no começo muitos elementos gritassem na nossa cara “individualidade” em dado momento da obra e cada vez mais eles iam nos entregando “coletividade”.

Castas

O sistema de castas foi abolido no japão desde o século 19 mas informalmente ainda existe, a questão da sociedade sendo dividida entre quem tem individualidade ou seja, quem existe, quem tem voz e esta aqui, e quem não tem invidualidade ou seja, não esta aqui, também esta representado em alegoria, quando o midoria comenta para si mesmo que queria que a mãe dele no momento que ela se ajoelha , o abraça e pede desculpas por ele não ter invidualidade e que ele queria que ela falasse “você consegue também ser um super heroi” é um comentário sobre que “você pode existir numa sociedade onde todo mundo pode existir” sob essa ótica midoria não perdeu sua individualidade, mesmo sem seus super poderes ele fez diferença visivel e central no mundo, ele estava ali. Ate por isso a noção de superioridade é atribuída ao vilão All for One, enquanto no final é “um bando de garotos” ou seja, a futura geração, que destrói a velha ordem obsoleta.

Alegoria

Midoria tambem pode ser uma alegoria a uma pessoa pouco valorizada numa sociedade normativa, alguém com deficiência, sexualidade diferenciada, mestiço ou de raça minoritária, afinal ele não detém a individualidade que se espera de todo mundo e mesmo assim como mostra o final do arco dele a inclusão é possível.

Tradição japonesa de super heróis.

Fantomas que talvez seja o primeiro super herói real do mundo surgiu antes do superman, mas com proliferação de revistas de supers vindo dos estados unidos houve uma colisão de culturas e os japoneses se apropriaram de temas americanos os transformando em deles, por isso houve uma diferenciação, o super herói japonês ficou conhecido como Yusha, algo como “homem valente” já o herói nos moldes DC e Marvel, é referenciado por um estrangeirismo, “supa hiro”, e boku no hero pode ser visto como uma reflexão da tradição de super heróis no Japão, poeticamente revisando a tradição de supa hiro em direção a algo mais singular ao homem valente, ao yusha.

Para os que falam que “ele não esta feliz como professor” de fato midorya não esta exultante mas esta pleno, pelo que notei a coisa que ele sente falta é de sair com os amigos e isso fala mais da realidade japonesa com seus longos expedientes do que fala a nós. Ver o final de midoria como um fracasso fala mais sobre nós do que sobre o manga.

Cultura de Convergência.

Muito também se reclamou que o final foi ruim porque o midorya não ficou com a uraraka, ou porque o final foi enfraquecido por ele ganhar uma armadura, embora em parte concorde com isso, é bom entender que finais mais abertos vão ficar cada vez mais comuns, em busca de atender um publico que não apenas consome mais cria em cima de obras famosas, muita coisa irá ter cada vez mais fanservice, e foi isso o relacionamento aberto, sem um casal definitivo qualquer casal é possível assim dando mais gás a fanfics, chama-se isso de cultura de convergência, com criações sendo feitas pensando em um publico que em algum grau também é um criador, vide o final de Nagatoro que terminou sem um casamento, algo que tantos fãs ocidentais gostariam de ver.

A confusão da tradução.

Uma das coisas que gerou descontentamento foi a frase de midorya que ele se tornou "o maior dos super heróis" sendo que na verdade ele nunca disse isso, sendo um erro de tradução, o termo mais aproximado sendo "como me tornei um grande herói" termo usado na tradução norte americana. E de fato ele se tornou um grande herói, um professor, numa sociedade onde todos servindo a sociedade, são heróis. Você pode gostar ou não gostar de boku no hero, eu mesmo acho apenas bom o final, mas não pode negar que ele é coerente e que deixou bem visível um enorme descaso que os brasileiros tem para com os professores.