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Qual carne é a sua carne? |
Anjo Errante
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Qual carne é a sua carne? |
Demônio
Chamados de Demônio pelos magos, tanto os drunes quanto as ordens aceitas pela sociedade, são eles
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Qual seria o primeiro pensamento em sua cabeça, ao encontrar o demônio? |
A forma de manipulação da realidade conhecida como "magia" usada pelos mortais é extremamente natural ao demônio, ele não possui dificuldade alguma com as formas de magia mais poderosas, aparentemente conhecendo todas ou mesmo algumas que ninguém mais conhece, todos conhecem essa criatura e as fadas o reconhecem como um deles, embora evitem falar sobre para os mortais, aqueles que são mais amigáveis com os mortais costumam dizer apenas "tente não pensar muito nesse assunto" ou respostas igualmente evasivas, indicando que a questão mental para lidar com essas criaturas é importantíssima, infelizmente isso também foi descoberto por magos, existe algo inerente a cada manifestação do demônio, ele deseja servir, seja as fadas seja aos mortais, estranhamente apesar do que alguns sacerdotes pensam não existe uma malicia nessa servidão, ela é tal qual de um gênio para um homem, contudo como tudo envolvendo as fadas nada é tão simples nem sem consequências.
Não existem registros confiáveis além de contos e historias populares que fazem as pessoas caírem para a superstição e para o medo o que de nada ajuda, uma historia de magos ou drunes, nem isso se sabe ao
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veja o céu, veja a luz gritar quando me torno a morte |
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Cuidado com o que você imagina pode muito bem acontecer. |
Em termos de regras o demônio não possui uma ficha fixa, se o grupo conseguir imaginar ele como um ser assustador ele se tornará muito mais poderoso, se conseguir ver ele como sendo algo que é possível derrotar sua ficha será mais a nível deles, dependendo do talento do mestre para usar essa criatura contudo alguns padrões sempre se repetem, como o demônio aparecer na forma de como os observadores acreditam que ele se parece, e ele conceder desejos com base no que os jogadores querem e/ou conhecem, nesse momento suas crenças podem ser sua derrocada ou salvação pois a criatura parece entender pouco o significado de "não".
Nem com gentileza para o que não reluz
Se enfureça contra a morte da luz
Embora o destino do sábio seja a noite encarar
E do forte as trevas enfrentar
Não adentre a noite com brandura
Nem com gentileza para o que não reluz
Se enfureça contra a morte da luz
Atanawe
Dizem que ele nasceu bondoso, um deus gentil e puro, mais caçado por homens que valorizavam os chifres dos unicórnios, atraído para uma armadilha, foi perseguido, ferido, derrubado e teve o chifre decepado antes mesmo de ser morto, mais que ele não ficou assim por muito tempo, nenhuma fada morre para sempre e na noite seguinte Atanawe se ergueu, enegrecido, carregado de ódio e desejo de matança.
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Atanawe o unicórnio negro Cavalga |
Os Berggles tomados por Atanawe se multiplicam com velocidade, lançando-se contra a civilização com um único desejo, destruir e contaminar, as tribos corrompidas pelo unicórnio negro se tornaram conhecidas coletivamente como chifres tortos.
Chifres Tortos
Uma raça violenta de mutantes selvagens que buscam apenas atormentar e destruir as civilizações dos Homens e do resto do mundo mortal. Eles atacam os fracos e indefesos, atacando assentamentos solitários sem aviso prévio em uma fúria de destruição antes de desaparecer na escuridão protetora de seu deserto escuro, fugindo da terrível retribuição que muitas vezes não se segue.
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Chifres Tortos Enfureça-se contra a morte da luz |
O Vampiro
Ate onde se sabe só existe um único vampiro dentro de Dolmenwood, tal criatura é conhecida assim "o vampiro", originalmente um parente de Norfludd, reino humano antigo da época da guerra contra o príncipe gélido, foi capturado pelo inimigo, crucificado em um pinheiro no solsticio de inverno e deixado para morrer, a morte não o encontrou, mas os elfos frigidos sim.
Arrancando seu corpo da madeira pensaram em esculpir sua carne para a alegria de seu mestre. Mas o moribundo fez uma barganha com as fadas sombrias.
Envolveram-no com o frio do inverno, o embebedaram com leite de verme branco de seu reino sem sol. Por essa benção ele ganhou força, por essa benção ele ganhou a imortalidade e por essa benção ele abandonou a humanidade, na véspera do solstício seguinte ele guiou a caçada selvagem ate sua aldeia e quando a lua atingiu seu apice, todos os aldeões foram massacrados, crianças foram roubadas , acorrentadas pelas orelhas e arrastadas chorando sob o vento frio ate a amarga terra sem sol, dizem as lendas que o vampiro seguia essa procissão de escravos os chicoteando enquanto ria da amargura deles.
nada resta do homem que um dia foi, seu nome foi esquecido, seus olhos perderam a cor, sua mente foi dominada pela canção do reino sem sol da terra dos elfos, os ventos do amargo inverno arrancaram seus cabelos da cabeça e lhe deram em sua pele a frieza não natural da nevasca magica, dedos esculpidos em garras e dentes em presas, esse ser monstruoso foi o torturador, açougueiro e canibal a serviço do príncipe gélido para matar seus antigos semelhantes. Invencível por meios mortais e imparável enquanto o leite do verme corria por suas veias o vampiro levou a bandeira de guerra do príncipe gélido e se embebedou com o sangue dos homens.
Quando a aliança jogou tudo no caos, o vampiro lutou por seu mestre contra a igreja, os drunes e o povo cabra, ele viu frigia ser isolada do mundo e foi marcado com liturgia da igreja , acorrentado a uma pedra dolmen pelos drunes e foi derrubado num pântano desconhecido. Esmagado sob peso da lama, afogado pela agua, mais condenado a nunca morrer antes do mundo ser desfeito, o vampiro seria esquecido, um fantasma antigo perdido na historia, não fosse o fato que ele escapou.
O cheiro do leite do verme levou um sapo a escavar a lama em direção ao vampiro, o sapo queria comer, achando que encontraria um gordo verme se deparou com a risada maníaca do vampiro, que matou seu salvador, com rituais sinistros ele fez com que do corpo do sapo surgissem os vermes brancos e com poder renovado após devora-los a noite era dele novamente, os glifos dos drunes afastam ele das terras sagradas, impedem ele de acessar grande parte de sua magia, as marcações da igreja o fazem ter medo de símbolos religiosos, terreno sagrado e não pode entrar em casas s em ser convidado, mas sua paciência é infinita assim como sua maldade, os anos que ele passou na lama apenas ele tinha apenas um objetivo e uma duvida, trazer seu mestre de volta e como fazer isso possível.
Desprezado pelo sol em todas as estações exceto no inverno, quando ele pode andar de dia e tentar arrebanhar seguidores, lentamente ele trará o inverno de volta para o mundo.
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Seu nome se perdeu para o tempo Sua sanidade se perdeu para o vento frio temam o vampiro ele trará de volta o inverno |
P7, H6, R6; 6PA, 40PM, 60PV Sugoi
Perícias: Mística, Percepção, Sobrevivência, Luta.
Arquétipo; Vampiro (Talento Forte, Imortal, Fraqueza luz do dia, Dependência)
Técnicas: Grimório Debilitante, Meta magia, Invocar Elemental, Praga, Poeira Glacial, Relâmpago.
Necromante: Criar morto vivo, Energia negativa, Fortificar Morto vivo.
Vantagens: Alcance, Ataque Especial (Poderoso, Perigoso) Defesa Especial (Blindado), Desgaste, Imortal, Imune (Abiótico, Doenças, Resiliente), Maestria (Mística), Magia, +Mana x2, +Vida x3, Paralisia.
Desvantagens: Sem Vida
Imagine uma terra dominada tomada por magia feérica onde as pessoas vivem em pequenas vilas isoladas, as florestas ancestrais se estendem por caminhos desconhecidos, as estradas seguras são poucas e nem tão seguras assim e o perigo esta tão perto quanto uma caminhada de alguns minutos para uma colina errada, assim é Dolmenwood, um cenário "normal" de alta fantasia, realmente não existe nada nele que não exista em vários outros, tanto que a floresta magica desse local poderia ser facilmente colocada dentro de eberon, tormenta, forgoten realms, não precisaria de grandes adaptações ou mesmo grandes explicações, a depender do cenario. Dolmenwood inteira caberia dentro de Pondsmania em tormenta.
Embora me veja encantado por Dolmenwood não possuo acesso a amplo conhecimento do cenário, tanto por ser recente e relativamente obscuro, quanto por não dominar ingles ou conseguir pagar livros em dolar. Então essa apresentação é apenas isso, uma amostra, pouco fiel, pouco próxima ao oficial mais esse tantinho que vi me deixou com imagens na mente que desejo compartilhar, bom, espero que gostem de ler sobre minha versão de Dolmenwood.
DolmenWood
Uma floresta gigantesca com grande conecção ao mundo das fadas, dominada e habitada por uma etnia magica conhecida como Drunes, mágicos que retiravam seu poder das linhas que percorriam a terra, esses bruxos antigos através de magia drunica dominaram, ou talvez ate mesmo criaram uma raça para lhes servir de escravos chamados Berggles, ainda na época que os menires conhecidos como dolmens foram erguidos para concentrar ou manipular a magia da terra. Esse equilíbrio mudou quando um povo humano, mais usual para mundos de fantasia se mudou para a floresta, com sociedade mais moderna e uma guerra prolongada eles derrotariam os Drunes já tendo abalado seu sistema de poder, mas essa guerra nunca chegaria ao fim imaginado, a floresta recebeu uma visita de um dos lordes feericos, o príncipe do inverno fez de Dolmenwood seu lar, com a vinda de tal ser poderoso os povos precisaram se unir para derrota-lo, os homens, drunes e berggles que começaram a se libertar da influencia drune, se juntaram para vencer o príncipe do inverno, mais como uma poderosa fada, tal criatura era imortal, fazendo parte da própria magia e da essência do mundo ele podia apenas ser contido, apenas ser selado.
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"Os bosques são mais do que parecem" |
E foi feito, usando magia dos povos conquistadores, magia divina e magia drunica canalizada através dos dolmens, o príncipe do inverno foi selado em seu próprio reino, a guerra contra a fada foi custosa, dolorosa e longa, embora os 3 lados ainda se odiassem a vitória deu origem a uma paz frágil e ao tempo da trégua. Mesmo com o príncipe do inverno impedido de deixar seus domínios, fadas ainda entram e saem de Dolmenwood e o que impede os povos de se destruírem em batalha é o medo de uma nova grande fada vir ao mundo e decidir conquista-lo.
Raças
Normalmente não seria necessário adaptar muito as raças nas questões mecânicas em minha opinião elas funcionam, é mais uma questão de lore, de clima, dito isso vou pelo menos apresentar algum lore e se necessário for, regras.
Elfos são habitantes imortais do reino das fadas que por vezes atravessam para o mundo mortal por razões que raramente revelam. Elfos são vistos como seres raros no mundo dos mortais, poucos andam entre humanos, normalmente atraídos pela vida finita e sua beleza, por cheiros e gostos que não encontrariam no mundo das fadas ou mesmo excessos da decadência e da mortalidade que não costumam ser vistos do outro lado.
Apesar de semelhantes a humanos, elfos são facilmente reconhecidos por quem sabe sobre eles, existe neles algo que supera a aparência enganadora, um ar de alteridade paira sobre eles de uma forma mais vibrante que sobre mortais. Para facilitar existe em muitos uma caracteristica ou mais de uma que os separa de humanos, olhos de cores estranhas, cabelo impossiveis, pele brilante ou orelhas pontudas são exemplo. Elfos poderiam usar o arquetipo elfo.
Woodgrues
A passar pelas estradas é possível que trombe com um duende caprichoso com rosto de morcego, esse seria um Woodgrue, pequenos seres com cabeça de morcego, peito coberto de pelos macios e corpo diminuto como de um homem pequeno, são vistos como frívolos e desagradáveis, com humor galhofa e canções encantadoras, humanos costumam acolher com cuidado essas semi fadas em suas cidades pois tais criaturas sendo negligenciadas poderiam trazer problemas maiores do que apenas suas travessuras. Woodgrues poderiam usar o arquétipo Hynne ou Goblin.
Antiga raça de escravos, atualmente eles ascenderam seu caminho para civilidade e para nobreza, Berggles são mortais assim como humanos e possuem pensamentos parecidos, sendo facilmente entendíveis pelos humanos diferente de fadas que são mais insondáveis, apesar de sua aparência estranha, entre os Berggles aqueles conhecidos como chifres longos são uma nobreza inata, respeitados e reverenciados, berggles chegam a se tornar chifres longos com a idade. Berggles facilmente podem ser dos arquétipos kemono ou minotauro.
Grimalkin
Homens gato feerico que mutacionam de forma, entre a estray, uma forma humanoide, Chester, um gato "normal" gordo e brincalhão, muito veloz para seu tamanho e a primordial, que parece tão somente um par de olhos e uma boca flutuando no escuro, Grimalkin são fadas estranhas, levemente mais primais do que as com aspecto humano, esses seres imortais gostam de caminhar entre os humanos
Ratlings
Também conhecidos como ratos gigantes são uma raça de pequena de demi humanos que possuem características de ratos, caudas longas, dentes fortes, raramente passam de 1 metro mais são mais pesados que crianças do mesmo tamanho, vivem em um mundo subterrâneo implacável, de labirintos mortais semi construído por sua arquitetura insana e por raízes profundas de arvores antigas, são governados por reis rato e mães de ninhada e coletam conhecimento ancestral, valorizado em sua sociedade.
Os Ratlings são temidos e odiados, espalhadores de pragas e destruição, sendo raro que se junte a humanidade, quando o faz é com ambições próprias de ganhar poder e retornar, se tornando um senhor entre os seus, ou de escapar de crimes que mesmo em sua terra seriam demais para ignorar, os que conhecem os ratlings os detestam mais muitos acham que não passam de historias de terror mau feitas , afinal , ratos do tamanho de crianças? isso não existe. Ratlings podem facilmente usar os arquétipos, goblin e talvez anão.
A Masmorra Séptica
Situada na costa de uma cidade rica e mercante onde devido as correntes marinhas o lixo ia parar praticamente inteiro em uma única caverna larga e profunda , submersa, conhecida como "a cova" ate a algum tempo atrás pelas pessoas comuns, essa concentração de lixo acabava por criar ou atrair monstros, nunca foi um grande problema, ninguém se aventurava no local e guardas mantinham monstros mais corajosos em riste, contudo após um ataque pirata , onde os mandriões conseguiram uma grande pilhagem mais durante a sua fuga, um tiro de sorte que atingiu o paiol do navio o fez explodir, mudou esse estado de marasmo, tanto os restos do navio quanto o rico butim foi levado ate a cova, o casco do navio pirata coroa a entrada da caverna submersa como um lembrete das riquezas perdidas e agora mortos vivos povoam a cova, fazendo o nome ficar ainda mais justificado, contudo outro nome se espalhou entre os aventureiros, a combinação de monstros mutados, lixo criando armadilhas cruéis e os mortos vivos apodrecidos, o nome "masmorra séptica" se espalhou entre os aventureiros que desejam desafiar o local em busca de recuperar as riquezas.
O navio pirata
Embora parte da masmorra seja submersa a primeira seção é a parte do navio pirata que esta acima da agua e vai lentamente descendo ate a entrada da caverna, o acumulo de lixo ao redor , os mortos vivos e monstros mortos ja deixam o local com um fedor horrível, se locomover no navio é perigoso, o mestre deve fazer testes em segredo e caso o jogador tenha tirado 1 em 1d6 ele ira ter o pé afundado no chão podre, ou mesmo os dois pés ate a cintura, ficando impossibilitado de se mover por um turno em situação de combate, estranhas formações de coral podem lançar espinhos calcinantes nos desavisados.
Passar displicentemente por uma formação de coral ira resultar em 1d6 de dano e um teste de Resistencia normal para evitar contaminação, personagens contaminados recuperam pvs e pms com menos eficiência, recuperando apenas metade do possível para a cura que tiverem acesso no momento, com exceção de algum efeito que cure todos os pvs de uma vez, curas magicas normais podem curar a infecção.
Os encontros possíveis dentro do navio pirata são
Morto vivo monstruoso repleto de gases em seu interior, a medida que luta contra os adversários acaba por explodir lançando seus pedaços violentamente em todas as direções.
P3, H1, R3
sem vida. Robusto
Especial: caso perda metade da vida o Afogado Inchado pode explodir lançando seus pedaços para todas as direções com violência, causando em dano o restante de vida que lhe sobrava, a chance dele explodir é de 50%.
Um caracol peçonhento conhecido como verme do mar, tal criatura surge das frestas do navio e lança espinhos paralisantes quando ameaçado, recuando para longe logo depois.
P4, H1, R1
Paralisia
Especial: quando o verme do mar atira seus espinhos peçonhentos ele ataca com 3d6, muitas vezes o verme do mar pode aparecer com aventureiros já em combate.
Os monstros conhecidos na cidade local como Carrancas são aventureiros semi humanoides, monstros do mar, carnívoros que são atraídos por comida fácil, embora possam caçar preferem comida fácil de pegar, os corpos de aventureiros ou de monstros derrotados é algo que apreciam, se surpreendidos podem entrar em combate se mostrando vigorosos e mortais.
P3, H2 ,R4
Brutal, Forte, Imune (abiótico, anfíbio, doenças, resiliente, sem mente), Obstinado.
A Cova
A caverna, chamada originalmente "a cova" é a parte submersa da masmorra, onde enormes pedaços moídos do navio estão espalhados assim como o saque dos piratas e o tesouro, tal local é escuro, contaminado e com muitos resíduos flutuando na agua, seja lixo, pedaços do navio ou pedaços dos mortos, a visibilidade mesmo com iluminação adequada é difícil, personagens que não conseguem respirar embaixo da agua não poderão ir além da primeira câmara da masmorra submersa e mesmo aqueles que respiram devem conseguir alguma forma de resistir ao ambiente poluído, sofrendo os mesmos efeitos de quem esta contaminado, descrito acima.
Na masmorra submersa as armadilhas naturais são outras, devido a visibilidade reduzida o coral afiado pode causar dano em quem esta se movimentando displicentemente (causando 1d6 de dano) e o sangue na agua causa um encontro imediato com monstros não precisando rolar um encontro aleatório.
Os encontros com afogados e carrancas ainda são possíveis na masmorra submersa, mais outros monstros que não adentram o navio também integram o quadro de encontros possíveis.
Monstro passivo com espinhos paralisantes na ponta dos seus tentáculos, sua função é a mesma do verme do mar, usando a mesma ficha.
Talvez um monstro abissal que achou um local confortável na cova, talvez um monstro mutado pelo lixo e ambiente da caverna, o mutante da cova é um monstro mortal de muitos tentáculos, tal criatura é carnivora e dificil de derrubar, dizem que pode sair da agua mais não existem relatos confiáveis disso.
P3, H3, R3
Brutal, Desgaste, Forte, Imune (abiótico, anfíbio, doenças, resiliente, sem mente), Membros extras, Regeneração 2
Um morto vivo coletivo, preso pelas mares que os amarraram em pedaços do navio a tripulação afogada esta presa na masmorra submersa junto ao tesouro, sendo o encontro principal da masmorra, a criatura é poderosa, com ataques caóticos e que aterrorizou muitos aventureiros que sobreviveram ao encontro.
P5, H2, R5
Ataque Especial (Area, Poderoso) Brutal, Defesa especial (Blindada), Estender, Forte, Membros Extras, +Vida x3, Sem vida.
Dragões de Sangue
Os Dragões de Sangue, formalmente conhecidos como a Ordem do Dragão de Sangue e a Ordo Draconis, eram uma temível ordem de Cavaleiros de Sangue de Vampiros conhecidos por suas proezas marciais inigualáveis em batalha. Eles eram guerreiros consumados cuja habilidade com as armas era incomparável, vivendo apenas para o combate. Geralmente lutando a cavalo, os Dragões de Sangue às vezes lutavam a pé e eram mestres em todas as formas de armas e táticas, embora evitassem armas e magia covarde de longo alcance. As vezes usam habilidades inatas embora pouco desenvolvidas em necromancia.
Os Vampiros Dragões de Sangue eram uma das linhagens mais bem disfarçadas do Mundo, pois, nas terras devastadas pela guerra do Mundo Conhecido, os Vampiros podiam facilmente se esconder entre ordens de cavaleiros ou postos avançados distantes. Eles se alimentavam quando podiam, evitando a detecção e usando seu disfarce para encontrar oportunidades de testar suas habilidades na batalha, vivendo apenas para o combate, a conquista da honra e a emoção do conflito em uma paródia sombria da virtude dos cavaleiros mortais, desmascaradas muitas vezes em violentos frenesis de sangue que entram ao caírem em batalha.
Sempre procurando imitar seu progenitor Abhorash, os vampiros do Dragão de Sangue eram um flagelo para o mundo tanto quanto qualquer outro vampiro. Embora afirmassem ser honrados e às vezes poupassem aqueles com quem lutavam, eles não eram amigos da humanidade e matavam prontamente aqueles que consideravam fracos ou sem honra, embora alguns fossem mais misericordiosos do que outros.
Saltando em paródia sombria de seus antigos eus em cima de corcéis de pesadelo forjados a partir das carcaças de suas montarias outrora nobres, os cavaleiros sedentos de sangue começaram a atacar aqueles que haviam protegido, semeando terror e morte entre as aldeias e cidades que juraram defender e deleitando-se com seu novo poder e libertação. As pessoas que antes cobriam os cavaleiros de afeto agora viviam com medo sob a terrível sombra da ordem dos dragões de sangue.
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A Honra sobrevive a sede? |
Armadura completa. Quando sofre um ataque, você pode escolher gastar 2PM para reduzir em –1 o resultado de cada dado do atacante. Se ele rolar um 4, por exemplo, conta como 3. Essa redução, inclusive, cancela acertos críticos. Você ainda faz seu teste de defesa normalmente.
Resistência superior. Para você a vantagem Vigoroso oferece R+3, em vez de +2.
Frenesi de combate. Você pode gastar 3PM para invocar um frenesi que oferece P+3 (sem afetar seus Pontos de Ação) até o fim da cena. Quando o combate termina, você fica esgotado e é considerado derrotado durante toda a cena seguinte.
Rei Ghoul
"Párias de seus irmãos mais civilizados, essas criaturas monstruosas se assemelham mais a Necrófagos ou Feras do que às formas humanas idealizadas dos Vampiros. Eles são consumidos pelo ódio por quase todos os seres vivos, mas particularmente pelas outras linhagens de vampiros."
Os Reis Ghoul já foram vampiros orgulhosos e poderosos que anteriormente governaram como mestres de antigas civilização humanas. No entanto, desde sua queda, esses vampiros foram evitados e caçados por outras linhagens vampíricas e forçados a um estado de existência troglodita. Desde então, esses Reis Ghoul passaram seus dias rastejando por criptas e catacumbas, aguardando a chegada da noite, onde decretariam uma vingança terrível à frente de um exército de mortos-vivos cambaleantes.
Mesmo em cenários onde vampiros são pouco mais do que rumores, onde a maioria dos seres vivos que ve um vampiro não vive para contar a historia, os Reis Ghoul são conhecidos por seus massacres, longe de caçarem por fome e de se esconderem de grandes forças para evitar que sejam caçados eles se lançam ao perigo e promovem massacres principalmente para erguer suas vitimas como mortos vivos, embora alguns não demonstrem muita inteligência sua ligação inata com o sobrenatural permite a eles controlar instintivamente a necromancia.
P6, H8, R6; 6PA, 90PM, 30PV Sugoi
Perícias: Mística, Percepção,Sobrevivencia
Arquétipo; Vampiro (Talento Forte, Imortal, Fraqueza luz do dia, Dependência)
Técnicas: Bola de Fogo, Grimório Debilitante, Metamagia, Poeira Glacial, Relâmpago.
Necromante: Criar morto vivo, Energia negativa, Fortificar Morto vivo.
Vantagens: Alcance, Ataque Especial (Penetrante, Preciso) Defesa Especial (Reflexão), Desgaste, Imortal, Imune (Abiótico, Doenças, Resiliente), Maestria (Mística), Magia, +Mana ×5, Paralisia.
Desvantagens: Sem Vida
O Cosmonauta Perdido
Criaturas misteriosas, aparentemente membros de missões espaciais fracassadas, os Cosmonautas Perdidos costumeiramente são achados em ruinas na gravidade zero, restos de naves ou bases espaciais, fortalecidos por forças misteriosas do espaço o cosmonauta perdido as vezes podem ser encontrados em mundos medievais tendo desabado das estrelas junto com suas naves que costumam se tornar masmorras ou vindo de outras dimensões, talvez invocados por magos loucos, já sendo perigosos em mundos onde magos modernos conseguem entender o que estão enfrentando em mundos medievais podem se tornar calamidades devido a sua capacidade de controlar gravidade.
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No espaço ninguém vai ouvir seus gritos |
(P)oder 4
(H)abilidade 2
(R)esistencia 4
PVs: 20
PMs: 10
Golpe espacial: O Cosmonauta perdido pode usar a técnica Soco rubro normalmente com um bônus de 1d extra caso o alvo seja arremessado pelo efeito.
Aberração espacial: O Cosmonauta perdido pode usar as técnicas, super movimento, barreira mística normalmente, possui as vantagens telepata, ilusão e confusão.
Treinamento militar : o Cosmonauta pode agir como se tivesse as pericias , luta, manha, sobrevivência e percepção.
Morto vivo de outro plano: O Cosmonauta perdido conta como uma criatura que tem a desvantagem "sem vida" mas que pode usar o poder "energia youkai" do kit "entidade banida".
Anões, Senhores das Forjas e das Montanhas
Aqui vai um pequeno texto para ajudar narradores que estejam querendo criar seus próprios cenários de RPG, com minha visão em particular com um pequeno guia de como vejo a raça anã e umas poucas dicas de como emprega-la em um mundo, espero que seja util.
Cultura e Sociedade
Uma das raças mais icônicas dos universos de RPGs. Originalmente inspirados das lendas nórdicas tal como os elfos, são sempre descritos como seres robustos e determinados, conhecidos por sua habilidade em mineração e forja, além de uma lealdade inabalável, ao clã, as tradições e a seus amigos, anões demoram para confiar em alguém mas a estima por aqueles que ele conhece e confia é grande.
Em cenários onde a cultura dos anões costuma ser melhor abordada eles são seres voltados para as artes e para o artesanato, uma cultura a um pulo de se tornar industrial e em alguns casos já iniciando esse processo, com cidades esculpidas dentro de montanhas como verdadeiras obras de arte, salões grandiosos e forjas sempre em atividade já nos mostram o quanto eles valorizam o trabalho duro e ele esta intimamente ligado a sua cultura, arte e vida no geral.
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Armas que tambem são ferramentas são marca dos anões em cenarios de RPG |
Longevos, os anões valorizam a tradição como forma de se manter ligado a seu passado glorioso, normalmente possuem grande apresso pelo nome de seus antepassados e muitas vezes seus deuses são ancestrais diretos da raça, tal apresso se estende a família e ao clã, a ganancia anã tão comentada entre outros povos, pois ate os anões honrados buscam tesouros com avidez, deve ser pontuada aqui para ser adaptada pelo mestre de maneira certa, os anões, pelo menos os honrados, não buscam riquezas para si mais para o clã, trazer ouro a seu clã significa que ele estará mais forte e mais preparado para enfrentar inimigos ou situações difíceis.
Essa longevidade e ligação a família e tradições costuma faze-los inimigos terríveis, pois torna crimes contra os anões um crime contra seu clã, família e tradição, dessa forma é comum em muitos cenários que eles possuam o habito de colecionar rancores. Nos cenários onde os livros de rancores existem os anciões dos clãs direcionam a força do clã para vingar as ofensas cometidas contra o mesmo, com séculos de vida, memoria duradoura e um cultura que valoriza compromissos cumpridos garante que os anões vinguem seus rancores se não contra quem os causou pelo menos contra seus descendentes, tornando-os perigosos de se lidar se toda a situação não for bem clara.
Grandes Forjadores
Uma das contradições que costuma haver entre anões em cenários de RPG é que são aversos a magia mais criam armas magicas de enorme qualidade. Isso particularmente sempre me incomodou, como saída para isso você que esta tentando criar sua própria sociedade de anões para seu cenário pode escolher uma dessas saídas.
Sem magia, os anões são grandes artesãos que possuem técnicas, arte e formas de forjar armas que rivalizam com armamento magico sem de fato encanta-lo, talvez bestas pesadas com materiais incríveis, espadas com metal fantástico por si só, talvez já tenham armas de fogo de grande qualidade, coisas que mesmo não sendo magia rivalizam com armas de fogo ou arcos capazes de lançar flechas de energia.
Tradição de magia única, os anões não rejeitam toda forma de magia, apenas as magias que não fazem parte de sua tradição, tradição essa já estabelecida, talvez o método humano e élfico sejam de difícil compreensão para eles, ou devido a uma visão menos utilitarista tornem a magia mais instável e propensa a falhas o que não aconteceria em sua tradição que poderia sacrificar velocidade por um feitiço que nunca falha, sendo dai a pericia deles e sua capacidade de criar armamentos encantados de altíssima qualidade.
Habilidade e Características
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Representados como grandes artesãos, os Anões não tem rivais em forjar armas na maioria dos mundos |
Sendo quase sempre retratados como um povo de tradições guerreiras com grande afinidade Elemental a terra, normalmente empunhando as armas da raça que por tradição são muito bem criadas tendo algumas vezes capacidade de durar por muitos séculos, sendo as vezes útil como ferramenta também, além de armaduras e escudos pesados para aproveitar a grande robustez característica da raça.
Seus nomes costumam ser compostos de prefixos e sufixos que refletem qualidades e/ou historias pessoais, um bom exemplo disso seria o personagem de tolkien retratado no livro "o hobbit" , Thorin Escudo de Carvalho, que pelo menos no filme, representa seu feito de lutar contra o orc Azog o Profano usando um tronco de carvalho como escudo para se proteger de sua maça gigantesca.
Para Encerar
Anões são uma raça fascinante e complexa, costumeiramente apresentados com historia rica, cultura intrincada e sua presença seja como guerreiros destemidos, artesãos habilidosos ou guardiões das montanhas, protegendo o mundo contra males vindos do interior do mundo, sempre da uma cor amais a um cenario. Espero ter ajudado a dar ideias aos mestres que desejam criar seus próprios mundos de RPG e pensem nos anões com carinho, são muito mias do que apenas alivio cômico.
Meus 2 Centavos Sobre o Final de Boku no Hero
Com um final tido como decepcionante e uma historia que, com sua conclusão e a forma que acabou, olhando de longe noto que parece ser uma alegoria com a sociedade de castas japonesa, boku no hero academia chegou ao fim, um fim corrido e com alguns erros, mas que cativou o publico japonês embora tenha sido amplamente rejeitado pela maioria dos outros fãs de outros países. Escrito por Kohei Horikoshi em 2024 boku no hero academia completa 10 anos alcançando sua conclusão, apesar de ser uma das estrelas da shounen jump o que o tornou famoso foi o anime que começou a ser exibido em 2016, cabe lembrar que a década de 10, foi a era das histórias de super heróis, tornando bem propício o aparecimento desse manga e com certeza o ajudando a se firmar como o sucesso que se mostrou, apesar de performar na época dos super heróis a obra de kohei vinha mostrando pontos de vista ate ácidos sobre os super heróis americanos, e não se engane, isso reflete o final e também é a razão dele ter sido tão mau recebido no brasil, choque de culturas, insira aqui piada sobre programa de humor. Dito de forma a ficar mais claro, a raiva pelo final de boku no hero é mais pela familiaridade com historias americanas, que pelo final em si, esse manga não foi o primeiro “japonês demais” para ser entendido por outros com facilidade, bleach ate hoje amarga um estigma de “mau feito” unicamente por ser profundamente ligado a própria cultura dos criadores. Bom talvez não unicamente mais principalmente.
Ideia Governante
Uma coisa a se falar sobre a ideia governante, toda narrativa ou pelo menos toda narrativa clássica que demanda uma historia com inicio meio e fim e que busca uma conclusão satisfatória baseada no que se estabelece no inicio, bom, essa estrutura chamaremos de ideia governante, sendo ela fácil de se analisar se você souber onde olhar e o que procurar, a ideia governante serve para orientar a historia e guia-la, podendo divergir mais não fugir da ideia governante, isso mantêm a coerência. Embora aconteça da ideia governante mudar dependendo mais do publico do que da historia, adianto aqui que a de boku no hero está coerente ate o seu final. Seu sistema de valores se mantêm firme, ou caso haja lacunas elas são pequenas, o suficiente para passarem desapercebidas por mim na minha leitura complementar para esse texto, mas vamos tentar demonstrar que esse mangazinho se segura?
A Proposta
Embora não inedita, inclusive já abordada em Xmen, boku no hero parte de uma premissa bem interessante por si só, a proliferação dos super poderes, tanto que é dito no inicio da historia que no momento em que ela se passa cerca de 80% da humanidade conta com super poderes, ou seja, pessoa com super poderes são uma minoria, guarde essa informação, tudo isso teria começado sem uma razão aparente, com o nascimento de um bebe brilhante a partir dai os super começaram a nascer no mundo, mutações começavam a se mostrar nas pessoas sobretudo nas crianças, o advento do bebe brilhante é questionado no fim, que poderia ter supers bem antes dele mas não vamos derivar para isso. Uma coisa a se observar nos super poderes do manga, eles são herdados, mais uma informação para se guardar, e podem ser combinados, a exemplo do super herói todoroki, cabe observar, os super poderes são chamados na historia de “individualidades” ou no japones, kosei.
Esse nome ter sido escolhido para as mutações já é um bom comentário politico, terceira informação para grifar.
Como o numero de pessoas com individualidades se tornou alto demais, a sociedade criou uma estrutura para contemplar essas pessoas com super habilidades, desde escolas para ajudar a desenvolver essas habilidades ate mesmo uma ciência para catalogar e estudar como cada poder se manifesta e se desenvolve. Essas habilidades fantásticas se tornaram a norma, a sociedade já esta habituada com super seres, aqui entra a quebra do paradigma, o protagonista não possui poderes.
O Protagonista
Deku é um típico jovem de um manga shounem, ele é um rapaz bondoso e é bondoso porque sim, bondade natural, contudo é alguém tomado por uma profunda angustia, sua insegurança é tamanha que algumas pessoas por muito fazem sarro dela sem notarem algo esfregado em nosso rosto a todo momento, Izuku Midorya, nome verdadeiro do protagonista Deku, é uma minoria, imagino que alguns vão estar já achando que eu estou forçando lacração, eu digo que escolher não entender isso é seu direito, mas faz parte da argumentação, aos que vão continuar…. Deku sonha em ser um super heroi apesar de não possuir individualidade, um otaku de super herói ele estuda individualidades com um fervor quase apaixonante embora para a maioria das pessoas no manga, perturbador, de todos os super herois que ele observa e estuda o que o midoria mais venera é o grande Allmight, um homem grande, sorridente, musculoso e loiro, diria eu, uma beleza tipicamente norte americana. Seu uniforme tem cores dos EUA e seus golpes tem nomes de estados dos EUA, embora nascido no japão Toshinori, o Allmight é japones mas passou a vida inteira na America, e dos EUA ele trouxe esses trejeitos de super heroi e tambem sua forma de se comportar, refletindo ate em seu jargão “está tudo bem agora porque eu cheguei”agora os argumentos começam a tomar forma não é? “Individualidades”… “eu cheguei”. Mas sem querer atropelar o caso, Allmight é no geral um mistério dentro do próprio mundo, enquanto outros poderes são compreensíveis os dele não são, Allmight é apenas “super”, ele faz tudo melhor, é mais rapido , mais forte, mais resistente e capaz de coisas que não deveriam ser possíveis apenas por força bruta. O mistério dura por muito tempo embora parte dele seja revelado logo no primeiro capitulo, seus poderes são herdados, ele possui o one for all que passa para o jovem midorya e assim começa a macro trama do manga, one for all é um poder imenso, a capacidade de acumular poder, legado de herói para herói e inclusive Allmight é o oitavo usuário sendo Deku o nono, aos mais observadores iram fazer relação do fato de deku ser o nono e do poder morrer com ele, Allmight passa os poderes para midorya após presenciar um ato de coragem e benevolência dele, entendendo que ele é o que é necessário a nova geração.
Começa o arco de Deku com o one for all, um poder incrivel mais dilacerante, que cobra muito do corpo sendo necessário um corpo poderoso para o comportar, cobrando de deku um grande treinamento e ainda assim apenas para poder comportar ele em parte, por um longo tempo cada vez que ele usa os poderes Deku se quebra, Deku ganha uma invidualidade que seu corpo não consegue suportar, basicamente deku ganha um fardo que é a afirmação do seu eu, que ele não estava pronto para erguer.
O Rival
Katsuki Bakugou o que viria a ser o super heroi dynamight se mostra o rival de midorya, conhecendo ele desde pequeno, dizer que bakugou nunca foi um bom amigo é falar pouco, o bullyng pesado que ele fazia com seu “amigo sem individualidade” contudo tem um componente muito japonês, que ele sentia que sua honra era ameaçada porque deku sempre tentava lhe estender a mão, onde todos viam alguém poderoso, capaz e inalcançável, deku o sem poder via alguém que necessitava de apoio, de ajuda.
O Mito Base
Super heróis são mitos modernos e embora eles existam no espaço de historias mais usuais ou romances como é mais conhecido, em algum grau eles compartilham sua historia com o mito, um tipo de historia mais basal e o mito de boku no hero é o nascimento de all for one o grande vilão, nascido do que parece ser uma prostituta, ele próprio matou sua mãe roubando dela sua invidualidade e ate nutrientes enquanto ela o gestava, roubando nutrientes do seu irmão, que viria a ser a base para o one for all, inclusive aqui é possível ver ecos do mito dos fundadores de roma.
Esses dois irmãos transformam o mundo e enquanto o mais forte que viria a ser o vilão all for one é poderoso, ambicioso e não vê problemas em matar alem de tratar o irmão como posse e apenas por isso lhe da uma individualidade, a individualidade de acumular poder, o irmão é bondoso embora fraco e das ruinas da destruição do mais forte ele gostava de ver quadrinhos americanos de super heróis, dai ele tira uma base de heroísmo, um ótimo simbolismo, como a noção de super heróis nasce da mitificação de uma ficção. Contudo algo que o irmão mais forte não sabia é que o mais fraco possuía uma individualidade, a de passar poder, como dito antes as invidualidades se combinam, a de acumular poder junto com a de passar poder se tornou o one for all.
Do lado do herói se tem a noção que o poder é acumulado e passado adiante, transferido, tanto que cada usuário do one for all que já possuía super poderes, passou também o seu adiante e cada vez que isso era passado se criava algo novo, uma boa alegoria para tradição algo importante para os japoneses. Afinal o que é tradição se não os saberes passados? Por isso no começo da historia Allmight é um professor, para ensinar a nova geração, porque o professor é a pessoa que ocupa esse papel de vinculo entre o que era e o que vai ser.
O Coletivismo Japonês
O super herói em um padrão ocidental é alguém destacado da sociedade a qual ele faz parte, ou melhor, pertence, porque ele não faz parte, esta acima, ainda que em um papel de servidão ele se alça ao topo seja por capacidade, moral ou caráter de fazer aquilo que precisa ser feito e ninguém mais conseguiria. Por isso hoje em dia tem tantas historias que exploram os supers como alegoria racial, seja pra tratar como minoria, xmen, seja como alegoria ao nazismo, The Boys. Já em boku no hero, tudo isso caminha para algo diferente, o começo ate brinca com tropos de super herói americano mais ate o final isso vai se diluindo em visão mais abrangente da sociedade, refletindo o coletivismo japonês onde o todo é importante por isso o herói é alguém que faz parte da sociedade e não que desponta dela e sim que se dilui, muitas reclamações de “nossa ele virou professor e CLT” embora o final seja anticlimático não é ruim, a historia jogando na nossa cara a todo momento a questão do coletivismo sobre que qualquer um pode ser herói dentro de suas limitações, embora no começo muitos elementos gritassem na nossa cara “individualidade” em dado momento da obra e cada vez mais eles iam nos entregando “coletividade”.
Castas
O sistema de castas foi abolido no japão desde o século 19 mas informalmente ainda existe, a questão da sociedade sendo dividida entre quem tem individualidade ou seja, quem existe, quem tem voz e esta aqui, e quem não tem invidualidade ou seja, não esta aqui, também esta representado em alegoria, quando o midoria comenta para si mesmo que queria que a mãe dele no momento que ela se ajoelha , o abraça e pede desculpas por ele não ter invidualidade e que ele queria que ela falasse “você consegue também ser um super heroi” é um comentário sobre que “você pode existir numa sociedade onde todo mundo pode existir” sob essa ótica midoria não perdeu sua individualidade, mesmo sem seus super poderes ele fez diferença visivel e central no mundo, ele estava ali. Ate por isso a noção de superioridade é atribuída ao vilão All for One, enquanto no final é “um bando de garotos” ou seja, a futura geração, que destrói a velha ordem obsoleta.
Alegoria
Midoria tambem pode ser uma alegoria a uma pessoa pouco valorizada numa sociedade normativa, alguém com deficiência, sexualidade diferenciada, mestiço ou de raça minoritária, afinal ele não detém a individualidade que se espera de todo mundo e mesmo assim como mostra o final do arco dele a inclusão é possível.
Tradição japonesa de super heróis.
Fantomas que talvez seja o primeiro super herói real do mundo surgiu antes do superman, mas com proliferação de revistas de supers vindo dos estados unidos houve uma colisão de culturas e os japoneses se apropriaram de temas americanos os transformando em deles, por isso houve uma diferenciação, o super herói japonês ficou conhecido como Yusha, algo como “homem valente” já o herói nos moldes DC e Marvel, é referenciado por um estrangeirismo, “supa hiro”, e boku no hero pode ser visto como uma reflexão da tradição de super heróis no Japão, poeticamente revisando a tradição de supa hiro em direção a algo mais singular ao homem valente, ao yusha.
Para os que falam que “ele não esta feliz como professor” de fato midorya não esta exultante mas esta pleno, pelo que notei a coisa que ele sente falta é de sair com os amigos e isso fala mais da realidade japonesa com seus longos expedientes do que fala a nós. Ver o final de midoria como um fracasso fala mais sobre nós do que sobre o manga.
Cultura de Convergência.
Muito também se reclamou que o final foi ruim porque o midorya não ficou com a uraraka, ou porque o final foi enfraquecido por ele ganhar uma armadura, embora em parte concorde com isso, é bom entender que finais mais abertos vão ficar cada vez mais comuns, em busca de atender um publico que não apenas consome mais cria em cima de obras famosas, muita coisa irá ter cada vez mais fanservice, e foi isso o relacionamento aberto, sem um casal definitivo qualquer casal é possível assim dando mais gás a fanfics, chama-se isso de cultura de convergência, com criações sendo feitas pensando em um publico que em algum grau também é um criador, vide o final de Nagatoro que terminou sem um casamento, algo que tantos fãs ocidentais gostariam de ver.
A confusão da tradução.
Uma das coisas que gerou descontentamento foi a frase de midorya que ele se tornou "o maior dos super heróis" sendo que na verdade ele nunca disse isso, sendo um erro de tradução, o termo mais aproximado sendo "como me tornei um grande herói" termo usado na tradução norte americana. E de fato ele se tornou um grande herói, um professor, numa sociedade onde todos servindo a sociedade, são heróis. Você pode gostar ou não gostar de boku no hero, eu mesmo acho apenas bom o final, mas não pode negar que ele é coerente e que deixou bem visível um enorme descaso que os brasileiros tem para com os professores.