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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Novo Kit



Artífice

Magos não são apenas os pesquisadores e cientistas de mundos fantásticos, a magia é uma ciência que abrange áreas tão amplas que é normal se verem magos como teólogos, engenheiros, estudiosos de historia e astrônomos, o artífice é um exemplo desses magos voltados para idealizações diferentes da magia, voltados para confecção de artefatos mágicos, poções, armas e armaduras, confecção de jóias, muitas vezes voltado para combate com as próprias criações, o alquimista por manejar martelos e carregar metais pesados de pontos a outro é um mago com pouca precisão manual para fazer os sutis movimentos de dedos para fazer magias complexas, mãos grossas de ferreiro com dedos firmes raramente tem mobilidade necessária para certos selos mágicos. O artífice compensa tal fato confiando em seus artefatos, suas ferramentas e armas.

Runas entalhadas em armaduras, ferramentas criadas com infusão de magias distintas, armas forjadas para terem ligação com o plano Elemental escolhido pelo mago assim ela manipula as energias de modo a ser um foco de magia, o artífice sofre severas limitações com relação a suas magias devido a tal utilização, pois o mago que precisa descrever suas formulas mágicas em papel não precisa de um novo ritual mágico para tornar o tomo algo mágico, as ferramentas do artífice raramente são mundanas, contudo tal sacrifício permite um controle e um conhecimento da magia que poucos magos sequer pensaram pois nunca imaginaram como a magia funcionaria em sua raiz e a partir dessa raiz ela ser modificada.

Nova Vantagem: Foco Mágico custo 1.

A criação de foco mágico é um pequeno ritual que pode ser feito sem laboratório ou forja, o artífice apenas precisa de um cinzel ou ferramenta semelhante para esculpir suas runas no artefato que será usado como foco, as runas não apenas significam a magia mais formam uma ligação física com o plano Elemental da magia escolhida de modo que pequenas modificações podem adicionar efeitos à magia que será conjurada, contudo o custo dessa ligação é muito maior que de quaisquer palavras escritas em papel.

Enquanto o mago comum precisa fazer um teste de habilidade e gastar 1pe para aprender a magia, o teste não é necessário para o artífice contudo as runas custam 1pe para cada PM da magia a ser gravada, apesar desse custo muito superior alguns efeitos podem ser adcionados a magia, e eles são.
Alcance ampliado: Aumenta em 1 passo o alcance das magias a serem utilizadas, pessoal torna-se toque, toque torna-se curto, curto torna-se longo e longo torna-se alcance da visão, aumentando o custo da magia em +2 pms.

Duração ampliada: Dobra o tempo de duração de magias que possuam limite de tempo estabelecido, seja por tempo padrão ou custo em PMS, exemplo, uma magia que dura 10 rodadas duraria 20, uma magia que dura 1 hora por xpms gastos passaria a durar 2 horas pelo mesmo custo, aumenta o custo final da magia em +1 pm.

Tóxica: você pode gastar +2 pms para impor -1 em um teste para resistir a magia que lançar, cumulativo com o bônus da magia irresistível.

Nociva: você pode gastar +3 pms para adicionar +1D de dano a uma magia.

Alcance reduzido: O alcance de suas magias é diminuído em um passo. Visão se torna Longo e Toque se torna pessoal, por exemplo. O custo dos PMS diminui em -2.

Duração Reduzida: todos os limites de tempo de suas magias são reduzidos à metade. Os custos em PMS da magia são reduzidos no total em -1.

Inócua: os danos de suas magias sempre têm –1d na FA, o custo em PMS da magia é reduzido em -3.

Apesar da manipulação da magia ser muito avançada em frente a magos comuns, os recursos que os artífices precisam gastar nas próprias magias muitas vezes os limitam a magias mais básicas, capazes de muitas variantes dessas contudo.

Artífice
Exigências:
Maquinas, Foco mágico, Fetche (os focos mágicos criados)

Conjuração eficiente: Pela ligação dos itens do artífice com planos mágicos, magia invocada a partir de itens passam a custar metade do custo original em pms.

Avaliador: Um artífice é capaz de reconhecer qualquer item mágico que encontre. Gaste 1 PM e faça um teste de H. Se for bem-sucedido, você descobre informações gerais do item (“é um item divino”, “tem poderes ligados ao bem” e “foi encantado por elfos”, por exemplo). Se assumir o redutor de –2 no teste e for bem-sucedido, você descobre todas as propriedades do item.

Sempre à Mão: Você pode trocar itens mágicos com um movimento em vez de uma ação e isso funciona com os fetiches. Além disso, você pode manter ativo um item a mais do que o normalmente permitido: escolha entre três armas ou duas armaduras ou três acessórios.

Conjuração por runas: As magias do artífice são conjuradas por runas de modo que ele se torna imune a magia de leitura de lábios.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Novo Kit


Arqueiro Montado

O arco foi uma evolução na guerra como nunca, antes a força de projeteis dependia muito mais da força dos braços, agora a batalha a longa distancia se tornou viável de verdade e o arco conquistou vitorias, ergueu impérios, determinou o rumo de batalhas seu poder não pode ser desprezado.

O cavalo como veiculo de guerra tornou a mesma muito mais rápida, a velocidade tornou-se uma arma de guerra com o uso da cavalaria. Juntar os dois seria uma idéia que viria não importando o tempo que levasse.


Atira a cavalo exige uma grande precisão, um treinamento grande o que o arco também exige, formar um arqueiro montado é complicado, trabalhoso e caro pois manter o cavalo possui um custo, mais a eficiência em combate de um arqueiro montado é enorme, com facilidade de flanquear inimigos e se afastar rapidamente de contra ataques, as táticas de combate por desgaste superaram exércitos muito maiores e melhor equipados que aqueles que usavam arqueiros montados tamanha a eficiência de tal força de ataque.

Exigencias: Aliado (cavalo), H1,PdF1

Disparo montado: Enquanto montado em cima do seu cavalo, o arqueiro montado ganha um movimento amais, comulativo com aceleração, alem de poder gastar 2 pms para adcionar a H do cavalo na FA, tal manobra so pode ser usada um numero de vezes igual ao seu pdf.

Chuva de disparos: você gasta metade dos PMs para usar a vantagem Tiro Múltiplo (arredondado para cima). Portanto, cada dois ataques custam 1 PM.

Tiro de apoio: Treinado para atirar em inimigos dando apoio a seus aliados em solo, o arqueiro pode gastar seu ataque para dar um bônus a força de ataque de um aliado, adicionando seu PdF a FA total de um aliado.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Especial de Halloween

Post pro halloween, um monstro asustador para vocês eheheh

Especial de Halloween




"Em briga de Saci todo chute é voadora"
A Perna Cabeluda

Entre as lendas urbanas mais curiosas do Nordeste está sem dúvida a da Perna Cabeluda, uma entidade sobrenatural que teria assombrado as ruas do Recife durante a década de 1970. Aparecendo onde menos se esperava (e por falar nisso, onde é que alguém esperaria que aparecesse?), esta criatura era o oposto-simétrico do Saci Pererê. Ou seja, era uma perna-sem-pessoa, em vez de uma pessoa-sem-perna. Surgia pulando (eu já ia dizer “pulando num pé só”)

A aparência da Perna Cabeluda rivaliza com a dos piores monstros materializados nos filmes americanos cheios de efeitos especiais. Segundo contam os que já tiveram o desprazer de conhecê-la pessoalmente, trata-se de uma perna, tão somente um membro humano inferior coberto de pelos asquerosos que parece ter vida própria e se desloca aos pulos. Com se a visão do seu aspecto perturbador não fosse o bastante para gelar qualquer coração, a Perna ainda costuma atingir as pessoas com poderosos chutes, golpes precisos que, na maioria das vezes, vão direto ao traseiro das vítimas.

O boato sobre esta horripilante entidade surgiu no Recife em meados da década de 70, no século passado. É um caso único em que a mídia influenciou o imaginário popular. Há quem diga tudo começou com uma notícia veiculada no jornal. O personagem surgiu quando um repórter disse para o outro que tinha passado a noite "sonhando com uma perna cabeluda debaixo da cama". O colega achou a história inspiradora e transformou o devaneio em reportagem - era uma solução para preencher as páginas do noticiário no tempo em que a Ditadura Militar determinava o que deveria ou não ser publicado.

Mas há também quem garanta que a famigerada Perna teria feito sua primeira aparição numa rádio AM. Um repórter de plantão na emergência do Hospital da Restauração viu chegar, de ambulância, um rapaz todo "estropiado" por ter levado uma surra. O repórter, então, perguntou ao coitado quem tinha sido o agressor. E a resposta foi: "num sei... só vi uma perna cabeluda me chutando!" (Nessas duas versões, omitimos propositalmente os nomes dos protagonistas para evitar mais controvérsia, pois cada um deles se diz o "pai"da Perna Cabeluda...)

Seja lá de onde apareceu, o fato que é que a Perna Cabeluda (ou "Cabiluda", como querem alguns) deixou ita gente de cabelo em pé, naquela época. Diziam que ela atacava preferencialmente à noite, em ruas estreitas e mal iluminadas da periferia. Contudo, também chegou a ser vista em lugares considerados cartões-postais da "Veneza Americana", como a Rua da Aurora, no centro da cidade. Ao que tudo indica, a assombração alimentava um ódio misógino pelas belas jovens que consumavam freqüentar conhecidos salões de dança, como o afamado Clube da Pás, no bairro de Campo Grande. Não foram poucas a mocinhas de vestido decotado que sofreram com as pernadas misteriosas, depois serem encurraladas num beco escuro qualquer. Todavia, a Perna não perdoava ninguém: trabalhadores voltando do serviço, senhoras idosas saindo da missa, etc. E muitas crianças acordavam com a cama molhada depois de terem pesadelos sobre a macabra assombração.

F2 H3 R1 A0 PdF0
Emboscada: a perna cabeluda ataca suas vitimas de surpresa com seu chutes, e depois deixa a sena do ataque. esta aparição so lança um ataque se tiver certeza que a vitima esta desprevinida.

Para Baixar

Especial de Halloween

Guia de terror

Acima um link para um guia de terror para ajudar os mestres a criarem aventuras especiais de halloween

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Trevas na Terra de Santa Cruz


Gigantes de Ferro

Matadores vindos do leste é como chamo os gigantes de ferro, criaturas poderosas usadas para a guerra na Europa, seu poder era tamanho que todos os buscaram mais a forma como usados fez toda a diferença nas guerras napoleônicas, sua forma inovadora de comandar os monstros de modo a superarem as trincheiras, avançando rapidamente pelos campos de batalha com tropas especializadas na retaguarda para cobrir as lacunas deixadas para traz ainda é discutida por entusiastas da estratégia militar, uma coalizão de cinco nações foram necessárias para derrubar um homem,  contudo vamos ao que interessa ou me perderei em divagações históricas.

Um gigante de ferro é um construto mekanico construído com a capacidade de raciocinar através de um núcleo Elemental, não possui alto poder cognitivo sendo apenas capaz de executar comandos simples e tomar decisões lógicas e básicas, mais que o suficiente para funções como  carregar cargas pesadas ou realizar algumas tarefas perigosas em especifico ou mesmo impossíveis para humanos.
Antes construídos unicamente para a guerra, os avanços de Napoleão encheram a Europa com gigantes de modo que o excedente de guerra foi monstruoso, ricos e ate alguns burgueses ascendentes conseguiram comprar e modificar muitos gigantes de modo que agora é comum encontra-los em duas versões, a de guerra e a de trabalho, sendo esses últimos muitas vezes gigantes que tiveram armas inutilizadas, embora alguns celeiros no velho mundo ainda guardem canhões capazes de derrubar muralhas apenas porque não são mais úteis enquanto o seu gigante puxa um arado ou carroça.

O núcleo dos gigantes cria sua inteligência através da captura de uma chama viva do plano Elemental do fogo, uma forma de vida não sapiente da dita dimensão, algo como um animal guardadas as devidas proporções, contudo a chama é insuficiente para energizar o corpo poderoso e complexo da maquina de guerra  de modo que ele se move com a ajuda de motores hidráulicos movidos a carvão.
O esqueleto do gigante, relativamente frágil pois suas articulações são muitas é um dos maiores feitos da engenharia do velho mundo, podendo assumir diversas formas, embora os povos eslavos tenham preferência por gigantes com padrões quadrúpedes por algum motivo os lusitanos apreciam a forma humanóide de suas maquinas de guerra.

Protegido por uma grande blindagem, o chassi do gigante de ferro é mais grosso frontalmente onde espera-se que ele receba o maior castigo sendo mais frágil na parte posterior existindo um local para seu controlador doravante chamado dragão devido a normalmente esse posto militar os usar, embora um gigante possa ser, controlado a distancia as táticas criadas por e usadas contra Napoleão colocavam os controladores nas costas de gigantes criados para isso de modo que os controladores podiam ver em primeira mão o que ocorria na batalha e podiam tomar decisões necessárias para vencer, gigantes melhor armados ou melhor blindados foram derrubados na Europa devido aos dragões de Napoleão usarem de sua pericia e atacarem conforme achavam mais eficaz no caos da batalha onde estavam inseridos onde no caso do outro o controlador muitas vezes mau tinha visão do seu próprio gigante caso algo como uma bomba explodisse.

Outras vantagens que um dragão tinha sobre o uso do gigante por outras doutrinas era que parte da logística era acelerada pelo controlador, caso o gigante ficasse sem munição, caixas de munição preparadas estavam ao alcance do dragão para serem acopladas no carregador do ombro ou cotovelo onde ficava a arma, as modificações feitas para que tudo isso fosse possível tornaram o gigante mais poderoso, melhor protegido para garantir a integridade do dragão, melhor armado uma vez que agora a arma poderia ser usada com sua eficiência total com uma mente humana sempre para tomar decisões e permitiu que divisões de gigantes lutassem longe das linhas aliadas caso necessário visto a grande mobilidade desses batalhões.

Sobre a mobilidade é bom incluir contudo, gigantes de ferro são antigos, embora um novo modelo tenha praticamente feito os restantes sumirem do mapa seu uso como um aríete nos campos de batalha é amplamente documentado contudo sua manutenção e logística é onerosa, água e carvão sendo repostos é apenas parte do problema visto que as vezes levar o gigante para o campo de batalha já seria o suficiente para ele perder toda a sua energia não sendo incomum eles serem transportados de trem ou rebocados  em carroças reforçadas o que no passado os impediu de serem usados pelos bandeirantes embora existissem em algumas capitanias mais ricas em pouca quantidade.

Os focalizadores, magos capazes de canalizar magia através de um conduite esterno são os melhores dragões possíveis, embora não seja regra é normal que os gigantes sejam guardados para esses magos.

A contra doutrina usada para vencer Napoleão ainda criou novas formas de se usar o gigante, novas válvulas de cobre e bronze para aproveitar melhor o movimento de pistão dos motores criaram novas forças e muitos desses novos gigantes, mais leves ou mais pesados, com armas próprias para derrubar em um disparo outro gigante mesmo a longas distancias ou armas feitas para destruir trincheiras e casamatas criaram feras projetadas tendo em vista a função final ao qual seriam utilizados de modo que a substituição de um membro, arma ou mesmo chassi mudaria drasticamente o uso do construto.

O chassi determina a força e a integridade estrutural do gigante como mencionado antes mais também sua agilidade e velocidade, chassis muitos pesados exigem motores e caldeiras maiores para alcançarem impulso satisfatório em batalha o que exige mais carvão de modo que os mais pesados são pouco vistos fora de quartéis e não foram muito comprados pelos burgueses do velho mundo.

Gigante de ferro

Um novo kit para construtos, o gigante de ferro é uma maquina de guerra poderosa como poucas.

Exigências: construto, H0,Inculto,bateria.

Chassi reforçado: O gigante de ferro possui uma armadura grossa e eficaz em deter ataques, sendo bem sucedido em um teste de A o gigante de ferro pode ignorar um ataque critico.

Blindado: Enquanto estiver com um controlador nas costas a armadura do gigante é somada a armadura do controlador no caso de ataques diretos ao controlador.

Queimar carvão: O gigante passa a consumir mais energia contudo seu desempenho na luta melhora. Com o gasto de 5 pms o gigante pode aumentar sua FA e sua FD em +2 durante um numero de rodadas iguais a R do gigante exigindo um novo consumo caso queira manter o bonus.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Era dos Dragões


Mensagem da Guerra Elfica

A vitoria élfica no forte de Magneterion após uma semana de cerco não foi doce, a vingança élfica arde como uma fogueira no coração de cada guerreiro contudo nenhuma morte lhes traz paz, nenhum luta por paz contudo, seu ódio é tamanho que me pergunto se não é esse o motivo da única raça que não possui membros corrompidos ser a élfica, tão pesadamente irados contra os demônios que nenhum elfo que vive agora ou venha a viver conseguiria ver as forças de Morgul como um meio para conseguir um fim, independente da escuridão em seu coração, após a execução de Magneterion e seus capitães os guerreiros élficos cantaram uma macabra canção de vitoria que transcrevo agora, ao que parece ansiosos para a próxima batalha.

Marchamos sem parar
Marchamos para a vingança trazer
Dias e noites a lutar
A escuridão iremos conter

Guerra trazida para as profanas portas
Massacrar os nossos inimigos iremos
Sete dias e sete feras mortas
A ira a esse lugar trazemos

Dias passados enfrentamos os demônios
Fogo foi lançando em nosso povo trazido por ventos velozes
Alem dos ossos queimaram os nossos mortos
Sacrificado foi nosso rei a essas bestas atrozes

Nos elfos odiamos esse deserto maldito
Odiamos esses abissais
Odiamos o que nos tornamos pervertendo nosso propósito
Mais odiamos Morgul ainda mais

A ilha do senhor do escuro elevada está ao ar
Não existe ponte ou barco para seu acesso
Pode achar que da fúria dos homens seguro é seu lar
Não existe lugar longe demais para um elfo

“Cronista Anão Gregor O Ruivo Para a casa da Forja Negra”

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Trevas na Terra de Santa Cruz

Pesquisa Sobre Lobisomens

Meu braço esta melhorando, já voltei assim que minhas forças permitiram, chegar a fortaleza foi mais rápido do que eu esperava apesar dos meus ferimentos, o trabalho para inspecionar as armas dos gigantes é minucioso no entanto animador, contudo permitindo uma folga larga agora a noite, mesmo agora eu posso ouvir o lamento dos cães na cidade e fico pensando, existem outros como aquele que eu enfrentei por aqui? Possivelmente, sem que ninguém saibam eles correm pela noite assombrando os viajantes.



Na noite em que pelejei com a fera minha força e coragem foram suficiente para vencê-la contudo guerreiro algum conta apenas com isso e os que contam rapidamente são superados pelo preparo dos adversários, batalha requer conhecimento de si e do inimigo de tal forma que o resultado seja sempre voltado em nosso favor, assim faz o sábio e assim deveria ser para todos os aventureiros. Minhas pesquisas sobre a fera trombaram com muitas lendas populares e poucas informações concretas, um indicio que talvez não sejam tão numerosos o que eu creio pouco provável, visto as muitas formas como surgem as feras que chamam de lobisomem.

O nome é enganoso, embora tenha haver com a lenda do velho mundo de homens lobos, tais historias sobrevivem quase inalteradas no sul do pais, tal coisa não ocorre aqui na terra do sol, o lobisomem ataca em qualquer ponto, cidades ou zonas rurais, nada é um empecilho para sua presença, embora as historias de lobisomens sejam tão antigas quanto a própria historia do homem, evidenciado nos textos antigos da biblioteca real aqui em fortaleza, eles pouco falam sobre as assombrações que correm por nossas estradas que pouco tem haver com lobos, homens gigantes de pele muito amarelada, híbridos com animais como jumentos, porcos, cachorros e bois são os mais descritos pelas pessoas que sobreviveram  a ataques das criaturas, no sul se contam historias de pessoas que são amaldiçoadas por incesto ou pecados dos pais, uma linha de castigo divino, por aqui os monstros surgem de homens que para defender sua vida vão as ultimas conseqüências, pactos com as trevas que vagam pela terra ou com demônios, para resguardar a vida por mais alguns dias ou anos tirando a vida de outros seres humanos e se alimentando dela.


O fato do lobisomem por aqui ser um homem doente que mata para permanecer vivo é defendido por inúmeros viajantes, vaqueiros, cortadores de madeira e catadores que castanha com quem falei no caminho para fortaleza, onde homens amarelos e doentes se erguem de suas camas a noite, vestem suas roupas ao avesso ou dão nós nela se livrando das mesmas, espojam-se em locais onde o animal que irão se transformar espojou-se mais cedo e a transformação ocorre, o ritual completo é apenas semi conhecido, onde encontrei um livro obscuro que me foi vendido por um sujeito suspeito que sabia de minhas pesquisas a qual prefiro não relatar nesse texto que tem caráter apenas informativo e não um catalogo de magias negras.

Matar a fera não parece ser tão simples, embora meu enfrentamento tenha sido relativamente fácil visto que consegui o enfrentar sozinho, alguns contos falam que não existe cacete que lhe faça dano e bala que lhe rompa o couro, sendo que laminas curtas e duras possuiriam alguma mística que permitiria lhes cortar, contudo duvido dessa invulnerabilidade pois contos mais atuais onde outras feras foram mortas relatam o caçador vitorioso a partir de armas comuns ou disparos com balas benzidas.



O aspecto da transformação é sempre medonho, armas naturais das criaturas são melhoradas o tamanho é amplificado e as características humanas mantidas são fortalecidas, dependendo pouco do animal transformado mesmo a forma de um cachorro de rua se torna um monstro mortal, o aspecto demoníaco do lobisomem no nordeste é aumentado por suas predileções com presas, sempre as mais indefesas possíveis apesar do poder da fera, mulheres, velhos e crianças mesmo recém nascidos são as vitimas preferidas, sabendo de tais detalhes hoje me pergunto se monstros horríveis que me contaram em historias como “a cachorra magra” e “cabra dos chifres longos” não eram em verdade lobisomens.