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domingo, 24 de agosto de 2025

Dolmenwood

Kelpie 

O Homem e o Cavalo do Pântano

Uma figura estranha e assustada entrava a noite numa taverna de Mossfen, por um segundo chamando atenção de todos os frequentadores que logo deixavam o viajante assustado se aproximar do balcão. Com mãos tremulas e ainda coberto pela capa de viagem que pingava da chuva que não tinha terminado de cair, ele pedia.

- U...uma cerveja por favor... Rápido - Agarrando com mãos tremulas a caneca, seus olhos ainda arregalados chamavam atenção do taverneiro. Que se aproximava para então notar hematomas visíveis na sua mão direita e ele perguntava.

- Algum problema amigo?

O homem parecia ter saído de um transe com a pergunta - E...eu perdi minha espada... na lama , digo, na margem do Murkmire - Respondia com a mente ainda meio viajando em seus próprios pensamentos.

O taverneiro dizia - Melhor seria ir buscar agora não - Mas o homem balançava a cabeça rapidamente negava com movimentos rápidos.

- Não.. v..vou esperar amanhecer, melhor evitar andar por Murkmire a noite, mesmo... mesmo tão perto da cidade, eu estava lá - respondia ele antes de tomar um longo e demorado gole da cerveja - Eu voltava de lá e vi um animal, eu achei ser um cavalo perdido.

O taverneiro sentou-se do lado do homem para lhe ouvir a historia, com genuína curiosidade agora - ninguém da margem da cidade tem dinheiro pra um cavalo, você realmente viu um ?

O homem balançava a cabeça afirmativamente - Um animal belo, de pelo macio e negro, ele me olhava como se me estivesse me chamando - longos goles da caneca e jogava-a vazia no balcão, onde o taverneiro a enchia novamente e o homem voltava a beber - Belo, com a crina encharcada pela chuva, imaginei ser um puro sangue de tão impressionante que o animal era. Pensando bem é idiota mesmo, um cavaleiro perderia seu animal na noite assim? E pior eu nem lembro de ter visto rastros do cavalo mesmo com tudo enlameado - Com aquilo o taverneiro já não precisava mais adivinhar o que vinha a seguir mais deixou o homem continuar sua historia.

- Ao me aproximar o cavalo abaixou a cabeça para mim, manso, quieto como um animal de montaria treinado, quando lhe toquei a crina - Ele tremia um pouco e agora massageava a mão - Ela não era uma crina, não era pelo, era lodo ou algo parecido, grudou em mim como alcatrão e então todo resto aconteceu rápido... bem rápido - O homem parava dando uma longa pausa para respirar.

- Ele olhou para meu rosto com olhos vítreos sujos que cortaram minha alma mais que o frio da noite, seus lábios se abriram revelando dentes sinistros, pontudos e afiados, algo mais apropriado para estar na boca de um leão.... - longa pausa, mais uma caneca vazia mais o homem não parava dessa vez - Então veio o primeiro puxão, nesse minha espada caiu e minhas pernas afundaram ate os joelhos na lama enquanto ele tentava me puxar para o lago, o que me salvou? A igreja... o sino tocou logo em seguida e o animal entrou em pânico, seu aperto se afrouxou na minha mão e eu consegui correr. - O taverneiro já esperava algo assim, ele retirou a capa molhada do homem e o guiou para a lareira para ele se esquentar, de manha ele poderia tentar recuperar sua espada.

Assombração da Agua

Existindo em pântanos, charcos, lagos sinistros e rios traiçoeiros. Se mostrando como um cavalo negro cujo o pelo nunca seca e com cascos que não deixam rastros na lama ou terra, o Kelpie engana viajantes, sua bela aparência, uma ilusão provocada pelo glamour que esse monstro instintivamente manipula não passa disso, um truque, uma imagem irreal, ao tocar no monstro a forma irreal se desfaz, seus olhos sinistros surgem, sua pele fria e grudenta se mostra assim como os dentes que usará para rasgar sua vitima, rapidamente tentando o levar para o fundo do rio onde ira afogar o desavisado preso em seu corpo para depois lhe consumir a carne e roer seus ossos.

"Não viaje por Murkmire a noite"

O kelpie raramente entrará em combate, preferindo matar suas vitimas pelo engano, as prendendo e afogando, em raros momentos em que ataca, usa seus dentes afiados e cascos poderosos para esmagar adversários, no geral atacando ate 3 vezes por turno, além de controlar uma pequena área de nevoa ao redor, com efeitos semelhantes a magias equivalentes a criar neblinas, também sendo capaz de causar medo sobrenatural aqueles que olham diretamente em seus olhos amarelo foscos, aqueles que miram seu olhar precisam ser bem sucedidos em testes de resistência contra o equivalente a magias que causam pânico.


domingo, 17 de agosto de 2025

Dolmenwood

 O Banquete no Pântano de Murkmire

Três viajantes andavam na estrada leste a passos pesados e cansaço visível, o pântano de Murkmire era a travessia final para chegarem a vila de Mossfen, não havia caçadores que as vezes ajudam os viajantes a atravessarem o pântano, não havia sinal de guerreiros ou mesmo frades fazendo a passagem nesses dias, o pântano parecia especialmente selvagem devido aos dias de chuva ininterrupta que seguia os três peregrinos em seus calcanhares.

Observando onde a estrada era engolida pela agua com cheiro de folhas podres o trio parecia ponderar o que fazer e o mercador Brenwick balançava a capa tentando se aliviar do excesso de agua enquanto fala.

 - Certo, ou atravessamos aqui ou a volta pelo pântano dura duas semanas.

"Façamos um acordo"

Desnecessário dizer que ninguém queria dar a volta, mas ninguém queria atravessar Murkmire sem guias, o pântano era perigoso afinal, Tilda a cozinheira surpreendeu os demais enquanto se dirigia para uma arvore caída e começava a colocar sobre ela alguma comida, um pão de sevada tão duro que parecia uma pedra, uma roda de queijo tão curado que poderia durar um século, foi Torric o alquimista do grupo que perguntou.

- O que esta fazendo? - Com um tom mais inquisitivo do que curioso, Tilda lhe respondia.

- Ouvi historias do wyrm do pântano de Murkmire, se ele for como dizem é possível negociarmos passagem segura - Tilda se erguia após posicionar os alimentos e estufava o peito falando alto em bom tom - Ao convidado...

- Não acho que ele virá - Diz Torric enquanto Tilda permanecia apreensiva olhando para a agua, no inicio, silencio.

Ondas circulares surgiam na agua, lentas e espaçadas antes de uma grande cabeça se erguer do pântano, a luz parecia morrer aos poucos enquanto mais da criatura se revelava e logo estava de frente para o trio com seus olhos vítreos brilhantes, o wyrm viu os viajantes tremendo diante dele, viu a oferenda e de maneira cuidadosa ele se deitava a frente da mesa, "nunca se pode confiar demais nas feras de duas patas" pensou rapidamente antes de falar.

- Me servem comida. Comida humana.... porque? - A voz era gutural e estranha, cheia de sons que lembravam um fluxo de agua, como se a boca de um rio estivesse falando.

Queremos atravessar seu pântano e achamos que seria de bom grado começarmos com comida - ela escolhia bem as palavras "seu pântano" não fora acidental, a criatura parecia tocada pelas palavras, suas garras seguravam o pão e o queijo e levavam a boca gigantesca, um sorriso surgiu no rosto do monstro que fez Brenwick vacilar dando passos para trás.

- Gosto singular - Falava a criatura - Fumaça e lagrimas salgadas, muito saboroso - Se apoiando melhor o monstro mais confiante dizia - Atravessar meu pântano iram, por um preço, cada um de vocês ira me ceder um sonho, um único sonho.

Aquilo era tão estranho que houve excitação, silencio ate Torric se manifestar - E se tomar de nós um sonho importante? 

- Todos os sonhos são importantes - Respondia o wyrm rapidamente - Cabe a vocês ponderar se a vida que possuem vale mais.

Se vendo sem escolha os viajantes concordaram, o grande wyrm respirou sobre suas cabeças e cada um deles sentiu que perdeu algo em sua mente, um lugar bom, quente, familiar deixou de existir e no lugar dele uma sensação incomoda de que algo precioso foi roubado.

A estrada então surgiu do pântano, a agua recuava ate a nevoa parecia afinar, passagem segura fora conseguida e o trio, com um passo a frente do outro adentrou Murkmire e o wyrm submergiu. Talvez alguém que passasse lá depois poderia ouvir ouvir os sussurros da serpente "o da moça tinha um campo com flores azuis, o alquimista tinha uma grande e larga biblioteca sem, o mercador covarde sonhava com pão quente e sala confortável".

sábado, 9 de agosto de 2025

Dolmenwood

Dolmenwood

 Anões do Musgo

Viajantes perdidos encontram uma pequena vila, a floresta era cheia de perigos e não havia druidas na região, caçadores ou mesmo guias para a próxima área além de um comerciante ou outro que poderia mostrar o caminho em troca de segurança, aquele pequeno grupo que se perdera em uma área estranha após debandar de uma guerra, todos os 4 sendo guerreiros estavam sem clérigos e sem quem pudesse lhes fornecer poção de cura, enquanto falavam ao taverneiro esperando encontrar quem os vendesse poções, o homem com um daqueles sorrisos satisfeitos de quem gosta de saber mais que os outros e se gabar disso fala.

- Ervas de cura? Ah sim sim, sei quem pode os ajudar, os verdinhos da orla - falava ele vendo a confusão nos aventureiros e continuava - Não conhecem os anões do musgo? Bom eu lhes conto, vivem no coração da floresta onde o musgo engole as rochas, alguns acham que nascem de troncos apodrecidos mas eu acho que surgem de buracos no chão, sim sim buracos, são parte da floresta tanto quanto as raízes grossas das arvores então vai ser difícil trombar com um aqui.

- São bons em barganhar e melhor ainda fazendo cerveja e queijo, eu compro minha cerveja e meu queijo deles, ah podem beber tranquilos - dizia enquanto alguns do grupo afastavam os copos da sua frente - E nem ousem fazer isso na frente de um deles é um enorme desrespeito, quem falta com o respeito devido acaba perdido na mata e vai ter sorte se só se integrar ao chão... como se sabe se você irritou eles? bom ouvi falar que esses ouvem um murmúrio vindo das rochas a noite, é Mogba o deus deles e já ouvi de um mercador que quando Mogba fala a floresta inteira ouve.

- Então vamos indo? Falei que ia lhes mostrar onde vivem, então vamos indo, como eles parecem? De que isso importa? Bom Eles são pequenos e robustos, pele grossa e sangue espeço como se sua pele fosse feita de casca de arvore e seu sangue de seiva, quando falam você sente cheiro de terra molhada e eu juro que já vi um conversar com um corvo como quem conversa com um vizinho. Falando em vizinho o meu jura que já viu os cogumelos que crescem no corpo de um brilharem de noite, sim isso mesmo, cogumelos, eles cultivam fungos e cogumelos no próprio corpo agora vamos indo não percamos tempo.

Como São Os Anões

Vivendo nas profundezas do solo onde o ar nunca fica seco e o perfume terroso dos fungos sempre é presente vive os anões do musgo, um povo tão antigo e venerável quanto a floresta, com um corpo robusto e resistente como anões mais comuns nas fantasias com algumas diferenças como a carne fertil de onde nascem fungos e musgos esses seres se mostram estranhos a jogadores mais acostumados ao povo guerreiro das altas fantasias. Com corpo coberto por líquen, musgo e cogumelos, com barbas longas e verdes que lembram samambaias e com a cor de sua pele variando entre a cor de terra e a um verde esmaecido das folhas, os Anões do musgo não parecem o povo que escava a terra em busca de ouro, ferro, joias e mithril de outros cenários, parecem bárbaros perdidos em charcos, desinteressantes num primeiro olhar preconceituoso.

"Eles não são grandes artesãos das rochas
mas ainda criam coisas impressionantes"

Anões do musgo assim como os mais inspirados em visões tolkienianas são grandes artesãos, não das pedras, mais da vida em si. Suas tocas tal como a dos Hobbits são escavadas no solo mais sustentadas por paredes de fungos e musgos, variações dessas plantas que eles conseguem fazer crescer criam a sustentação em suas casas, o piso macio onde descansam os pés cansados e mesmo as tochas e iluminação geral, especialistas em criar cerveja, queijo, carne envelhecida e diversos outros produtos que exigem fermentação ou envelhecimento. Costumam trocar essas mercadorias de alta qualidade por tecido, ferramentas ou mesmo informação, isso é, quando não é um anão do musgo que é o mercador, sua fama como artesãos os torna queridos e bem recebidos em todos os lugares, algumas superstições sobre hospitalidade ajudam.

Assim como anões mais tradicionais de outros cenários a sabedoria paciente é a marca desses seres, suas vidas são longas e seus métodos de cultivo e arte também, sua conexão com o mundo natural lhes da habilidades estranhas em comparação com os povos de pedra e ferro, fungos mágicos crescem em seu corpo o que os torna facilmente capazes de manipular magia, praticar herbalismo sem necessariamente possuir um jardim e manipular o estranho glamour das fadas, eles podem falar com pássaros e entender a língua deles normalmente, gostando de falar com aqueles que são mais inteligentes e os fumos que acham ou cultivam abrem a percepção a nível sobrenatural.

"Otimos herbalistas, comerciantes,
caçadores e magos."
Apesar de alguns fazerem reverencia a igreja do deus único da fé humana, entendendo sua filosofia e concordando com ela, a grande maioria reza para Mogba deus da floresta e subterrâneo, entendendo a obscura divindade como a floresta em si, prezando por seu equilíbrio e pedindo para que seus passos silenciosos não cruzem com os grandes perigos escondidos na penumbra.

Vantagem Única: Anão do Musgo 2 pontos.

Carne Fértil e Simbiose Fungica: Graças aos cogumelos crescendo em seu corpo os anões do musgo conseguem fazer diversos efeitos mágicos. Podem usar a vantagem "Cura" vista no manual do defensor livremente, magias que causem estados positivos como a marcha da coragem, negativos como cegueira ou que curem aliados podem ser usados pela metade do custo em pms, graças ao seu corpo que é resistente, meio animal e meio vegetal, venenos de diversos tipos e outras aflições mesmo de origem magica costumam falhar contra eles, para testes envolvendo resistir a paralisias, envenenamentos e controle mental, natural ou magico, o anão do fungo ganha sempre um bônus de +1 na resistência.


Masmorra Bagunçada

 Um Herói Esquecido ou Nunca Conhecido

Certa vez em 1997 Akira Toryama criador de Dragon Ball em uma entrevista afirmou que "Son Goku de dragonball não luta pelo bem dos outros e sim porque quer enfrentar caras fortes" já em outra entrevista dessa vez em 2015 ele novamente afirmou "embora ele acabe salvando a todos como resultado de suas ações, ele tem uma sinceridade muito pura pelo desejo de se tornar mais forte, o que eu mais queria ressaltar é que talvez ele nem seja uma pessoa boa de verdade embora acabe fazendo o bem por consequência". Tais palavras vindas do autor da obra que tantos amam foi capaz de mudar a percepção que embora nunca acertada estava próxima de certa sobre um grande herói da ficção moderna, sobre Son Goku.

Opiniões distorcidas sobre Goku, como ele não ser um bom pai, o que não é o caso. Já são velhas em dragonball, poucos conseguiram ver o Goku real por suas mudanças sutis e seu arco estático que se arrasta por muito tempo para ter mudanças mais todos tinham pelo menos uma certeza, Goku era uma pessoa boa, mas as palavras de Akira incendiaram a fan base e logo tudo mudou, o velho herói passou a se um homem egoísta e idiota, razão para a qual eu abandonei o recente dragon ball super e ainda não dei chances ao Daima, pois eu afirmo, Toryama, mesmo sendo o criador de dragon ball nunca entendeu Goku.

O Mundo Havia se Esquecido de Son Goku

No manga de dragon ball, na saga de Cell é dito que o mundo havia perdido as esperanças na vitória, com o Androide tendo vencido policia e exercitos, ate mesmo a fé nos seus campeões a humanidade perdeu, campeões esses que foram marginalizados por décadas de paz. Mas também é dito que a humanidade havia se esquecido do garoto que venceu Picollo, do homem que encerrou a ameaça dos sayajins e de Freeza, assim como aconteceu naquela terra fictícia, nosso mundo se esqueceu de Son Goku, as palavras de Akira sobre suas intenções fizeram muitos olharem para um guerreiro e verem um paspalho, mas se formos falar de entrevistas e palavras do Toryama, ele já admitiu que muitas pessoas sabiam mais de sua obra que ele próprio.

Toryama levava seu trabalho de maneira bem despretensiosa, o que em retrospecto é impressionante o quanto fez sucesso uma obra que pareceu ser levada com pouco esmero pelo roteiro, ele esquecia de plots, de personagens e mais de uma vez admitiu que esquecia de poderes, nomes e elementos centrais da historia.

Se Akira não lembra quem é Goku, me permita lhe lembrar, ainda no começo de Dragon Ball quando o pequeno Goku e a Bulma adolescente começaram sua viagem em busca das esferas do dragão, ambos encontraram a tartaruga do mestre Kame perdida em terra e precisando de ajuda para chegar ao mar, o pequeno guerreiro vendo alguém necessitado resolveu atender sem nem saber se seria recompensado, diante de dificuldades como bandidos querendo devorar a tartaruga, Goku os enfrentou, diante da incapacidade dela se mover rápido, ele a carregou para o mar com as próprias forças e por caminhar 120km com uma tartaruga gigantesca nas costas ele ganhou sua nuvem voadora e conheceu seu futuro mestre.

Ainda nessa época, quando criança enfrentando o general Blue, nosso pequeno guerreiro estava prestes a ser derrotado pelo vilão que se distrai ao ver um rato, diante disso Goku consegue vencer Blue e a caverna onde estava ocorrendo a luta começa a desabar, buscando retribuir o favor Goku preserva o rato e faz um grande esforço para resgatar o animal para o qual ele devia a vida.

Não deixe os memes te
enganarem. Goku já foi
seu herói um dia.

Quando Tao PaiPai enfrentou o pai do pequeno Upa e o matou, Goku decidiu que usaria o desejo das esferas para reviver o pai de seu amigo, tal atitude na verdade o prejudicaria, pois ele havia começado essa aventura em primeiro lugar para resgatar a esfera de quatro estrelas, herança de seu avô para ele.

Quando Goku estava enfrentando o Devilman esse usou no pequeno uma técnica que o explodiria caso houvesse maldade nele, que não importa o quanto alguém queira parecer bonzinho sempre existe algum nível de maldade e por isso essa arte era invencível, contudo Goku nada sofreu por esse ataque.

Quando Kuririn é morto por Tamborin, Goku é tomado pelo ódio, ele não fica empolgado em enfrentar um oponente forte, ele não esta preocupado em se testar, ele deseja matar o monstro que matou seu amigo, ele não esta lutando por si mesmo e contra o poderoso Picollo Daimaoh em nenhum momento ele ficou empolgado pela força do senhor do mal. Quando o rei demônio é vencido não havia empolgação por derrotar um oponente forte, Goku chora por ter conseguido vingar seus amigos, Kuririn e mestre Kame, que em sua concepção estavam mortos e com Shenlong destruído não seriam revividos, não foi um acidente ele lutou por justiça.

Foi essa nobreza que fez Kami Sama restaurar o Shenlong, ele não estava disposto pois os humanos usavam os desejos de forma egoísta mais Goku era diferente.

Começa a Saga Z e Goku descobre ser de uma raça de conquistadores interplanetários, quando seu irmão o confronta com a verdade de sua natureza ele pergunta se não fazia o sangue dele ferver, mais Goku responde que preferiria morrer a massacrar pessoas inocentes.

São inúmeros os momentos que Goku prova-se como alguém bom, embora a vontade de Toryama em algum momento possa ter sido fazer o seu protagonista uma pessoa meio egoísta, toda trajetória do Goku mostra que ele fazia o bem porque era uma pessoa boa., Goku não fazia o bem por querer, na verdade coisas extraordinárias ocorriam na vida dele porque ele fazia o bem antes de esperar alguma compensação e pelo próprio objetivo de fazer o bem, não por acidente.

Varias vezes ele é descrito como alguém que dava esperanças a todos antes mesmo de descrito como alguém forte, se sacrificando ao final do torneio de Cell para salvar a terra porque na visão dele era a única maneira de faze-lo. Negando ser revivido pela percepção que as ameaças a terra são em parte culpa dele, que os vilões o buscam vencer e para manter a terra segura ele permanece morto mesmo podendo reviver. Sim Goku gosta de lutar, gosta de lutas justas, toma riscos em prol de sua paixão pelas batalhas mais todos os riscos são calculados, quando algo sai de errado é mais porque ele foi incapaz de ver o quadro todo e menos por puro egoísmo.

Sim o criador de Goku nunca o entendeu, a maior parte das pessoas nunca o conheceram de fato, sendo confundidas pelo Goku dos memes e no geral o mundo se esqueceu de Son Goku, talvez contudo agora você se lembre que ele não é de verdade o idiota que não sabe o que é um beijo na boca, que ele viveu como um homem justo, que amou sua esposa e seu filho, que lutou pelo bem sempre que pode e varias vezes esteve disposto ao sacrifício máximo pelo bem comum, sim, você que esta lendo isso pode ter se esquecido mais Goku um dia já foi o seu herói.

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Adaptação

Dolmenwood

Wyrm

A tarde quente em uma pequena vila era sinônimo de calmaria, crianças brincavam na rua, trocando golpes com galhos fingindo serem grandes cavaleiros, correndo atrás de galinhas e patos ou jogando jogos tradicionais como esconde esconde e pega pega, as mulheres lavavam roupa e cuidavam da casa, cozinhavam ou limpavam, os homens ocupados com o campo, caça ou alguns poucos que bebiam naquela manha preguiçosa, todos despreocupados com o minuto seguinte, todos se assustaram quando a terra tremeu e o vento uivou, pássaros foram os primeiros a voar para longe quando o som profundo vindo do bosque atingiu a todos e logo depois o vento trouxe o odor de podridão engolfando as casas.

As arvores se contorcem e se abrem de forma sinuosa a medida que a serpente avança com lentidão calculada na direção da vila, preparando-se para a batalha, calculando os ganhos  perdas de lutar para comer, a fome era tanta.... mais morrer tentando sacia-la era tolice. O som dos sinos de alerta eram tocados e aos olhos do dragão os defensores da vila começavam a se organizar para enfrenta-lo, o corpo da velha serpente coberto de escamas oxidadas pelo peso dos séculos de sua vida mostra uma velocidade que ela não demonstrou ate agora e ele avança.

"Cuidado ao percorrer os pântanos"

A relva murcha sob seu corpo, quando o wyrm respira toda a floresta prende a respiração e as arvores ao redor começam a perder as folhas como se o outono tivesse chegado junto com sua presença e quando o rugido finalmente soa ele leva medo ao coração dos homens fazendo seus ossos tremerem.

As Velhas Serpentes

As wyrms são velhos dragões encontrados raramente nos bosques uma vez dominados pelo rei do inverno, os vermes de enorme proporção possuem corpos cilíndricos e cabeças gigantescas desproporcionais, seus olhos mais parecem duas labaredas brilhantes marcando sua face sendo possível vê-los mesmo no escuro. Não apresentam asas diferente dos dragões mais comuns das historias contudo seus corpos grossos com membros vestigiais possuem escamas muito rígidas com poucos pontos fracos normalmente na parte de baixo do corpo que esta sempre se arrastando no chão, tornando bem difícil feri-las.

Os estudiosos separam as Wyrms em 5 tipos distintos, associados aos elementos naturais e aos humores corporais.

Wyrm Bile Negra

Monstros territoriais, criaturas com baixa inteligência em comparação aos demais tipos, passam grande parte de sua longa vida cavando tuneis abaixo dos bosques e evitando o contato com o sol, relacionados ao elemento terra e a bile negra, são os que mais frequentemente entram em contato com aventureiros em combate por razões menores, saques de caravanas ou consumo de rebanhos. Possui como principal fraqueza exposição a luz solar.

Fleuma Wyrm

Monstros solitários dos pântanos, para os estudiosos possuem a mesma baixa inteligência dos Wyrms Bile Negra contudo esses são mais astutos, gostando de atacar seus alvos de surpresa surgindo de poças de agua parada em pântanos antigos, pouco ativos os Fleuma Wyrms são relacionados ao elemento agua e ao fleuma, respiram embaixo da agua e são encontrados em rios antigos e parados ou pântanos sinistros. Possui como principal fraqueza a incapacidade de adentrar terrenos sagrados.

Wyrm de Sangue

As Velhas Serpentes
Se mostram adversários formidáveis


Monstros relacionados ao elemento ar e ao sangue, os Wyrms de Sangue são frequentemente o tipo mais poderoso de velha serpente que um aventureiro vai encontrar na vida, para muitos será inclusive o ultimo encontro de sua vida, presentes em locais de enorme poder magico residual não sendo raro que fadas de grande força consigam faze-lo se tornar guardião de algum ponto, Wyrms de sangue são rápidos, ameaçadores e imponentes, com controle sobre magia sendo comum possuírem alguns feitiços de uso próprio. Suas fraquezas são difíceis de serem exploradas, na presença de uma alma realmente pura e corajosa sua força mingua e podem ser feridos mortalmente com facilidade pelo chifre de um unicórnio.

Wyrm Bile Amarela

Monstros de lendas relacionados ao fogo e a bile amarela, possuem enorme poder palpável, sua presença cria um ambiente abrasador e sufocante, sua pele é quente como um forno e a maioria das pessoas pode morrer sufocada respirando o ar super aquecido que circula ao redor desses monstros, não muitos Wyrms Bile Amarela foram vistos na historia e pouco se conhece sobre eles. Falam que suas fraquezas são a magia de uma bruxa ou as palavras de um filosofo ateu.

Wyrm de Ichor

Monstros totalmente relacionados a lendas, embora aparições do Wyrm Bile Amarela pareçam historias antigas e estranhas, nada do Wyrm de Ichor existe fora de folclore ou mitologia, aparência, poderes, fraquezas, não se sabe se foram extintos ou se algum sequer existiu em algum momento da historia, relacionados ao elemento eter e ao humor ichor, sabe-se apenas que essas são criaturas de mistério que talvez nunca vão ser revelados, a busca por pistas sobre Wyrm de Ichor ja levou magos das academias aos locais mais sinistros governados por fadas antigas, qualquer migalha de informação seria super valorizada pelos estudiosos.

Traços em Comum a Todos Wyrms

Riqueza e Perigo no Covil de um Wyrm

Mesmo aparentados aos dragões, wyrms são longas serpentes desprovidas de asas, possuem membros vestigiais pouco uteis em combate que normalmente usam para coletar tesouros que guardam gananciosamente em seus covis. Apesar de sua longa vida, wyrms passam a maior parte de seu tempo inativos, dormindo por longas temporadas antes de acordarem para saquear, se alimentar e voltarem ao torpor sendo mais ativos nos meses quentes, embora entrem em período de brumação as velhas serpentes não ficam indefesas, com seus olhos sempre abertos, acabam por notar incursões descuidadas a seus covis.

Wyrms são monstros solitários, tolerando a presença de um outro por pouco tempo apenas por questões de reprodução, desconfiadas de sua própria espécie seu amor é apenas pelo ouro a qual tem um grande apreço e usam para fazer seus ninhos, apesar dessa tendência anti-social é muito difícil derrubar um único wyrm que seja devido a sua força e capacidade de regeneração tão acentuada quanto a de um troll. Magias de elemento relacionado ao wyrm costumam não funcionar nele e cada um desses monstros possui um sopro de gás venenoso capaz de derrubar uma companhia mercenária sem muitas dificuldades, sua presença também costuma desequilibrar magicamente o ambiente, um Wyrm de sangue poderia provocar ferimentos sobrenaturais as criaturas ao redor enquanto um Fleuma Wyrm poderia com sua presença envenenar fontes de agua.

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Masmorra Bagunçada

 O Velho Buraco

Repousando entre picos escarpados tais que lembram uma mandíbula tentando devorar o céu existe uma cidade de pescadores pouco digna de nota, com o nome agourento e bem humorado de Wraith a cidade de fato surge como uma aparição entre as aguas geladas do ambiente ártico da extremidade do mundo, cercada por florestas de arvores duras que estranhamente parecem avançar para envolver a cidade parando a vinte metros de seus muros e ocultando o horizonte de quem anda na única estrada que sai do local em direção a civilização por uma rota tão traiçoeira que é melhor se arriscar pelo mar.

Wraith é antiga, desfigurada pelo gelo e pelos séculos com sua madeira encarquilhada e sua pedra escurecida sendo testemunhas de uma época passada, de desbravadores que vieram a esse local em busca de ouro, gloria e desafios, de pessoas que fugiram de guerras, secas ou tempos difíceis em seus reinos para se estabelecerem como pescadores na cidade erguida por pioneiros e posteriormente pelos aventureiros que vieram no rastro das historias sinistras.

A Velha e Congelada Wraith

Aventureiros que ao chegarem se deparam com uma terra embrutecida, as ruas de pedra estão congeladas durante todo o ano mesmo nos "meses de calor" os postes com lanternas de óleo vacilam diante do vento forte fazendo as sombras dançarem quando eles próprios dançam a noite e os velhos sobrados estão sempre de janelas fechadas e cortinas grossas cerradas como que esperando manter o frio ou algo mais de fora.

A unica parte movimentada da velha Wraith é o porto, pescadores com cassacos grossos, feições firmes e olhos experientes andam entre os barcos e o porto indo ou voltando do mar com peixes e o ar tem cheiro de sal, peixe e o odor ocre e metálico do sangue, para os vindos de terras quentes esse local assusta, pois os peixes vindos do ambiente sombrio e frio do mar gelado são grandes e intimidadores. Aqui os aventureiros chegam no rastro das historias da masmorra, infelizmente a maioria é inexperiente.


Infelizmente pois, historias desencontradas não fazem jus ao Velho Buraco como ficou conhecida a masmorra de Wraith, o primeiro obstáculo sendo a velha floresta, arvores tão velhas que a casca parece ter petrificado dão boas vindas aos aventureiros que serão seguidos por historias de tavernas sobre o que ocorre na floresta ao por do sol, assobios, vozes dos mortos a muito tempo, luzes que se movem como olhos na escuridão, nada disso será visto pelos aventureiros contudo e tal fato pode fazer acreditar que a floresta é segura, longe de ser verdade, uma matilha de cães selvagens e enlouquecidos vaga pelo local, comendo o que puderem achar, existe um andarilho na floresta que consegue evitar os cães, o velho Stivan que chamam por ai de "Tio Stivan", que jura que algo na mata tem treinado os cães pra atacar.

Passando pela floresta, de preferencia sem encontrar nem com o excêntrico Tio Stivan ou com o monstro que supostamente treina os cães os mais novos desbravadores chegam no buraco, a visão da entrada da masmorra é desconcertamente desanimadora, numa clareira velha com algumas pedras que foram empilhadas para fazer um muro baixo, se mostra um buraco irregular no chão ao lado de um tronco de arvore cortado, uma corrente velha abraça o tronco e cai para dentro do buraco tilintando com o vento sendo a única entrada da masmorra, aproximando-se contudo é possível notar marcas de mãos no tronco como se fossem manchas de sangue, caso acampem na entrada notam que sons estranhos sobem das profundezas e os cães evitam se aproximar dos muros caídos.

O desconforto deve tomar conta de aventureiros que passam algum tempo se preparando a entrada do velho buraco, as historias que trazem eles a esse local são desconcertadas e esquisitas. "Demonios dormem lá dentro vindos de outra terra", "a masmorra é viva e se contorce", "o buraco existe desde o começo do mundo e gritos de terror saem de dentro todas as noites". Apesar das historias o grupo se encontra diante de uma abertura que poderia ser um poço simples, sem guardiões, sem entrada de fato, resta duas escolhas, ir embora ou descer. Ou talvez nem isso.

As Entranhas da Terra

Um grupo de sobreviventes uma vez já disse que tendo acampado dois dias na entrada do buraco para se prepararem, os cães começaram a vir em ondas os empurrando para a masmorra, os forçando a ir, não havia escolha, precisavam descer para não acabarem sendo devorados por animais que não paravam de aparecer, uma vez lá dentro após uma decida curta a escuridão recebe os aventureiros, tochas, lampiões, magias de iluminação prontas revelam uma obra larga, tuneis hora redondos hora ovais segurados por algum tipo de limo grosso e duro, como uma secreção orgânica que da uma cor enegrecida a tudo, tomando formas esquisitas e orgânicas a escuridão é brilhante e reflexiva, como uma superfície coberta de pixe as paredes devolvem parte da luz incidida nelas tornando a visão levemente mais difícil, carregando luz os aventureiros não devem demorar para se encontrarem com os primeiros habitantes da masmorra, humanoides de grande estatura e muitos pelos, portando lanças primitivas, as feras procuram sempre que puderem lutar para capturar, o que pode ser um mistério inicialmente se revela tão logo passem por essas boas vindas da masmorra.

A Entrada Da Masmorra

Logo o calor começa a se mostrar, a primeira coisa que os aventureiros notaram é um odor quente e doce de podridão, em uma grande câmara oval, mais quente que o corredor por onde vieram o visgo parece mais liquido, o próprio ar parece mais espesso nessa câmara, as botas dos aventureiros grudam a cada passo e as tochas tremem como se também não gostassem de estar aqui, aqueles que buscarem iluminar mais o ambiente iram ver fendas nas paredes cobertas com o que parece ser couro levemente mais branco que o negrume da parede, tais fendas estão em intervalos irregulares e pulsam, a pelicula se retrai ao ser tocada, e dentro delas existem formas animais e algumas humanas, fundidas a própria parede como se ela tivesse engolfando-os, alguns corpos ainda respiram e fazem barulhos, a masmorra parece ter fome e devorar seus desafiadores, de qual mente divina cruel saiu essa monstruosidade vocês não sabem mais ouvem algo se aproximando.

O Carcereiro não quer matar ninguém
mais uma razão para você lutar ate a morte

Vocês entraram na prisão viva, e não existem prisões sem carcereiros, deslizando com membros longos e finos demais para verdadeiramente o sustentar, suas pernas se curvam ao lado a cada movimento, seus braços chegam ao teto de tão longos que são, cada passo parece arranhar o cérebro de quem observa pois aquela criatura não deveria ser possível, aqueles que observam seu corpo grotesco e sua cabeça anormal e deformada em uma expressão apática, coroada com cravos ósseos, a criatura sem nome possui força maior que seu corpo da a entender, invulnerável a magias ou danos de escuridão e fogo da a entender que sua natureza é demoníaca. Talvez tenha vindo de algum dos muitos infernos, talvez tenha surgido das almas dos devorados pela masmorra, o monstro não mata os aventureiros, com golpes de paralisia, venenos não letais ao toque e magias de controle e restrição ele busca encerrar cada um dos aventureiros em uma das fendas vivas na parede para continuar a alimentar a masmorra.

O Deserto de Sal

Após vencer o estranho demônio carcereiro, resta recuar ou continuar, aos bravos que continuarem a masmorra começa a descer, uma descida leve e pouco acentuada ate que o limo para em uma camada cristalina de salitre e a medida que descem mais o calor se torna sufocante ate chegarem a nova câmara, uma caverna mundo se abre diante dos aventureiros, tão vasta que a escuridão se perde a vista, esfumaçada e soberana, contudo diante dessa vasta câmara algumas pequenas luzes pontuam essa estranha câmara de salitre, andar por essa terra é difícil, espigões de sal afiados se erguem do chão que também possuem bordas afiadas, a medida que continuam a desafiar esse ambiente em direção as luzes encontram torres de um estranho material que se analisado parece uma concha,  aos que continuarem em frente verão aldeias feitas de conchas velhas e queimadas, titânicas em seu tamanho e sendo habitadas por humanoides azulados, sem pelo e sem muita diferenciação entre gêneros, é possível ver núcleos familiares ate com filhotes, os humanoides apenas recuam para suas moradias e caso ameaçados se juntam pra se defenderem com pedras.

Assustadores mais Pacificos

Explorando aquela câmara tendo que lutar apenas se os jogadores forem hostis com seus habitantes eles iram eventualmente se encontrar com um enorme buraco escarpado onde andaimes descem.

O Estomago da Masmorra

A passagem larga mostra por fim um local onde a pedra deu lugar a carne esponjosa e pulsante, paredes estão repletas de carne ondulada e no interior dessa carcaça colossal existem saliências ósseas curvas "sustentando" os tuneis orgânicos, todo o ambiente reverbera como que vibrando em um tom monótono e regular, quase como uma respiração...

Ao pisar nesse ambiente o solo cede levemente sob o peso dos aventureiros com um som úmido e borbulhante a cada passo, o cheiro é terrível, os sucos químicos que escorrem das paredes e tetos são nauseabundos, um fato perturbador é que desde o começo da masmorra ate longe nos primeiros tuneis haverão muitos cadáveres, de animais, humanos ou outras raças mais principalmente dos humanoides azulados da câmara superior, deixados lá como oferenda? lançados como corpos mortos que precisam ser descartados? tentativas de alimentar esse corpo sinistro que habita as trevas da terra? Cada pergunta só traz mais duvidas e pensamentos sinistros, pensamentos que começam a ser respondidos quando os estranhos macróbios do lugar começam a surgir, defesas naturais do monstro ou seus parasitas, vindo buscar cadáveres e encontrando aventureiros vivos.

Devoramorte

Esse ser surge das próprias paredes da masmorra, exibindo uma forma sinistra de limo com mandíbulas visíveis, o interior dessa macro célula se faz visível através da sua parede e apesar disso, a criatura se mostra rígida, sendo resistente a ataques de perfuração e corte, podendo flutuar livremente dentro do interior do gigante monstro ele ataca caindo sobre os aventureiros e tentando lhes arrancar pedaços a mordidas.

Limpa Tunel

Criatura esguia e sem forma definida, rasteja pelas paredes do local como um lagarto sinistro soltando nuvens de cores chamativas que flutuam pelo local, as nuvens se mostram acidas ao toque e venenosas a respiração, aqueles que forem expostos e falharem em testes de R adequados sentiram fortes dores nos olhos podendo ficar temporariamente cegos, e sentiram rigidez muscular ficando paralisados.

Celula Mãe da Masmorra

Monstro esférico e translucido, brilhando em meio a escuridão a célula mãe surge flutuando e deixando sair de seu interior pequenas esferas que começam a recolher o material digerido e por fim adentram as paredes, a célula mãe da masmorra ataca com as mesmas pequenas esferas que cobrem aventureiros tentando os digerir, o mais assustador é que na presença dela o ambiente se torna estéril de mana, magias e efeitos mágicos são anulados ate que a morte da célula mãe ocorra.

O Câncer da Terra

Para aqueles que passaram por tantos horrores chegando ao final da masmorra de carne pode ate existir uma recompensa em tesouros não digeridos e armas não absorvidas, contudo não sem desafio, na ultima câmara pulsando como um coração corrompido existe uma massa de carne muscular presa a própria estrutura do local, ele é cercado por membranas pulsantes com tentáculos que brotam das paredes e chão o protegendo, para arranhar mais ainda o cérebro já corroído pela loucura dos desafiadores  dessa masmorra ele grita com as vozes de todos que devorou, incapaz de saber o que fala ele apenas repete as vozes dos derrotados a perfeição, choros, pedidos de piedade, pragas e gritos de guerra e desafio são bradados as dezenas todos ao mesmo tempo e em varias línguas diferentes que reverberam na mente daqueles que enfrentam o câncer da terra.

Durante a luta o guardião final do labirinto faz a própria arena pulsar, jogando larvas explosivas nos aventureiros, fazendo chover bile venenosa, convocando células de defesa e sempre se regenerando a ritmo acelerado, cura que só pode ser detida com fogo. Uma vez o monstro derrotado é possível terminar de saquear a área onde estão os tesouros dos que falharam em vencer a masmorra. 

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Masmorra Bagunçada

 Criação de Texto com IA

Estou passando por um dos meus muitos períodos de crise criativa, embora seja uma crise bem seletiva, ate consigo pensar em conceitos de rpg e aventuras mais simples e algumas complexas mas passar os conceitos para textos estruturados esta relativamente difícil, de modo que uma vez que se começa a escrever se da de cara com uma parede branca que virou a pagina do blog vazia.

A produção de conteúdo nessa pagina é desmonetizada, voltada para juntar minhas ideias mais comuns e loucas, organizar pensamentos, receber torrentes cerebrais em forma de textinhos e poemas ou seja, o valor comercial ou mesmo de nicho desse blog é inexistente a não ser que as visões singulares de um narrador de RPG com anos demais investidos no Hobbie valham o suficiente para virar um nicho.

Ainda assim as semanas passando e eu não conseguindo alimentar o blog costumam me causar um sentimento ruim, somando-se a perguntas de amigos de porque não escrevo no blog, ou porque estou em crise, ou se ainda estou em crise criativa, quando acho que vou sair e outras maluquices que me fazem pensar na idade mental de alguns deles, acabam por alimentar minha pressa para escrever seja o que seja, contudo processo criativo não pode ser apressado, quanto mais você força , mais precisa, menos parece que ele está pronto.

Ou será que não?

Um amigo meu em uma discursão me fez ter um ponto de vista sobre o uso de IA como ferramenta para ideias, para indexar necessidades e formatar textos, dando as especificidades certas a ferramenta e falando sobre suas necessidades com clareza em forma de comandos o suficiente ela serviria como uma calculadora de ideias que poderia sintetizar de maneira satisfatória seus pensamentos em forma de texto, em suma, uma calculadora de ideias, uma ferramenta semelhante a calculadora para uma disciplina não exata como a escrita.

Meu exercício particular dessa ideia veio em dois posts, os dois com o mesmo tema, mais com forma e substancia notavelmente diferente, posso dizer que o IA no futuro possa servir como calculadora de ideias de fato mais no momento, parece crua ainda para tal uso devido ao que meu próprio experimento me revelou.

Entre as vantagens da IA percebidas estavam principalmente a velocidade em comparação ao processo de pensamento e escrita por digitação, os tópicos surgem velozmente e permitem revisão rápida, a formatação aparece relativamente organizada, bom , pelo menos melhor que a minha com certeza e existe uma discursão aqui sobre geração de ideias , não exatamente organização das mesmas, pois a forma crua do texto organizado pode servir para ajudar a superar bloqueios, talvez use novamente para me ajudar a formatar textos, mais na formação dos mesmos vi alguns problemas. Os ajustes através dos comandos davam pouca diferença no resultado final sendo necessário curar o texto de modo que mesmo tendo criado por IA 80% precisou ser curado, a IA apresenta erros factuais como apresentar algo sob uma ótica dualista que na verdade não existe, mesmo com edição humana o texto pareceu genérico e raso porque eu não quis o reescrever do zero apenas mantendo a linha central de pensamento da maquina e na eventualidade de gerar algo profundo por simples força da aleatoriedade ela surge sem contexto com relação ao restante do texto.

Em minha experiência a IA demonstra alguns usos para encurtar alguns caminhos mais para criação de textos em um exercício puramente criativo e não acadêmico ela possui carências visíveis que não deve substituir a visão humana tão cedo.

Convido aqueles com paciência para o exercício, a ler os 2 textos e me falar pessoalmente suas impressões de ambos.